Page 44 - Diretrizes do Programa Marista Bilíngue - 4ª Edição
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Segundo as ideias de Smith (1999) as crianças buscam compreender o am-
biente em sua volta, sempre que este tem sentido, levantando hipóteses
sobre os escritos que encontram. As palavras localizadas dentro de um con-
texto significativo, no universo mais particular da criança, são tão impor-
tantes quanto as encontradas dentro de um livro. Por isso, apesar do foco
comunicativo e do desenvolvimento da oralidade nos primeiros anos do
Programa Marista Bilíngue, faz-se necessário expor as crianças a um am-
biente bilíngue, por meio de cartazes, placas, sinalizações e outros elemen-
tos que as levem a conviver com a escrita em língua inglesa.
Ressalta-se, entretanto, que a simples presença de elementos em inglês na
sala de aula não garante conhecimento, mas a ausência deles garante des-
conhecimento. Se queremos que a criança comece a construir conhecimen-
to sobre a língua inglesa, esta tem de existir em seu dia a dia. Se proibimos
a língua inglesa ou se a distanciamos do dia a dia dos estudantes, criamos
um ambiente escolar no qual o inglês não tem nenhum lugar, dificultando
a perspectiva do ensino bilíngue (Ferreiro, 2001). Por isso é fundamental
que as salas de aula estejam ambientadas com elementos tanto na língua
materna quanto na língua adicional, de modo que elas se complementem.
Figura 7: Ambientação bilíngue e as interações do processo de aprendizagem
Fonte: acervo Colégio Marista Dom Silvério
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