Page 137 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
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Crianças e adolescentes com altas habilidades podem apresentar carac-
terísticas como: perseverança diante de uma atividade; explicações mais
profundas do que outras crianças da mesma faixa etária; alto nível crítico;
prefere o pensamento abstrato ao pensamento crítico; mais sensível
e intuitiva do que o esperado; costuma ser independente e estável no
aspecto emocional e pode desenvolver muitas ideias criativas para uma
determinada situação.
Estudantes diagnosticados com Altas Habilidades também compõe o
quadro de Educação Inclusiva, entendendo que a este também precisa
ser oferecido um atendimento educacional especial, de modo que
possa desenvolver sua potencialidade. Conforme está previsto nas Dire-
trizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (BRASIL,
2004), os alunos com altas habilidades/superdotação devem receber
atendimento que valorize e respeite suas necessidades educacionais
diferenciadas quanto a talentos, aptidões e interesses.
Crianças com altas habilidades “merecem ter atenção especial pelo menos
para ter oportunidades correspondentes à sua idade mental e outras
aptidões e para desenvolver plenamente suas potencialidades sociais,
estéticas e intelectuais. Aulas que não ofereçam desafios irão aborrecê-la,
e seu interesse diminuirá.” (RELVAS, 2010. p. 87).
Para Relvas (2010) estas crianças podem não ser bem compreendidas e
consequentemente pouco aceitas pelos grupos de mesma faixa etária, o
que pode ocasionar em desajustes comportamentais e problemas psicoló-
gicos. Nessa perspectiva, cabe ressaltar que nem sempre o estudante com
altas habilidades apresenta necessariamente um bom rendimento escolar.
Atitudes negativas com relação à escola, bem como um currículo e estraté-
gias educacionais que não levam em consideração diferenças individuais,
quanto aos interesses, estilos de aprendizagem e habilidades, são alguns
dos fatores que podem interferir negativamente no desempenho dos
alunos com potencial elevado (MEC/SEESP, 2002).
O professor precisa conhecer seu estudante de modo que permita a este
adquirir aprendizagens significativas.
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