Prevista na Base Nacional Comum Curricular, a tecnologia está cada vez mais presente em salas de aula, ambientes corporativos e na vida como um todo. Isso faz da educação tecnológica um componente fundamental na preparação dos estudantes para os desafios que o futuro reserva.

O fazer para aprender está alinhado às novas tendências educacionais e estimula os estudantes a serem protagonistas do próprio aprendizado, favorecendo suas descobertas e trocas de conhecimento durante as atividades. Dessa maneira, o conhecimento teórico que foi adquirido na aula é aplicado de forma prática em exercícios que aliam o lúdico e o uso da tecnologia em sua resolução. Isso contribui para que os alunos vejam o valor e a utilidade do aprendizado e absorvam melhor o conteúdo.

Durante as aulas, os alunos utilizam diferentes tipos de linguagens para se expressar, resolvem situações-problema com autonomia e desenvolvem suas inteligências cognitiva e emocional. Uma das principais vantagens no uso da tecnologia é possibilitar novas formas de abordar os conteúdos em sala de aula, as quais despertam o interesse das novas gerações e facilitam o processo de ensino-aprendizagem.

Nos primeiros contatos das crianças com a educação tecnológica, as atividades são introduzidas por brincadeiras temáticas, faz de conta, jogos de regras e de percurso ou pesquisas. As montagens e soluções são criadas pelos estudantes, da forma que imaginam e de acordo com sua capacidade, sem o conceito de certo ou errado, pois todas as produções fazem parte do processo de descoberta e aprendizagem. Todas as atividades são planejadas para a realização em pequenos e grandes grupos, o que estimula a interação e colaboração para resolver desafios com graus de dificuldade progressivos.

Nos primeiros anos do Ensino Fundamental, os estudantes têm contato com as tecnologias mecânicas e computacionais, montagem de máquinas simples e suas combinações, além da realização de atividades maker com cartonaria. Os primeiros conceitos de programação e robótica são introduzidos por meio de brincadeiras e contação de histórias, com jogos e situações-problema para resolução em equipe.

Nas etapas seguintes, os estudantes têm uma introdução ao pensamento computacional e à programação por blocos, com automatização de montagens por meio da programação de robôs equipados com sensores e uso de papercraft. Logo, os estudantes também são estimulados a criarem projetos como forma de trabalho e estratégia para a resolução de problemas que envolvem questões de robótica e sua aplicabilidade nas dimensões da inteligência urbana. Por fim, são desenvolvidos projetos para compreensão dos sistemas de comunicação e seu impacto nas relações com a sociedade, o que provoca reflexões sobre questões coletivas e mundiais e direciona os estudantes a melhores decisões sobre o futuro.

Nesse mundo cada vez mais conectado e transformado pela tecnologia, é fundamental que os estudantes desenvolvam consciência de seu papel e se preparem para assumir o protagonismo nas mudanças que devem ocorrer. Na educação tecnológica, os conteúdos das diferentes disciplinas se integram e se complementam, estimulando a autonomia, o pensamento crítico, a criatividade para resolução de problemas e o desenvolvimento socioemocional. Dessa forma, os alunos compreendem a importância e aplicabilidade prática dos diferentes campos do conhecimento em seu dia a dia e aprendem a ressignificar a jornada escolar.