Page 46 - Diretrizes para Produção Textual - 2ª Edição
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Mediante a leitura e a análise das matrizes por ano/série e tipo/gênero textual, o estudante é
          capaz de ler a descrição de cada nível marcado por competência. Com a ajuda da tabela micro
          por competência, o estudante passa a analisar o que falta, a fim de que se avance para o próximo
          nível da competência.
          Desse modo, foi pensado um formulário (impresso ou digital) que trilhe esses passos do estu-
          dante para o alcance dessa reflexão autoavaliativa, a partir da devolutiva da primeira versão
          do texto. O objetivo do feedback, como descrito, é potencializar a reescrita, para estimular a
          consciência acerca do próprio processo de escrita, ou seja, uma estratégia metacognitiva. Além
          disso, a aplicação do feedback, por meio do formulário, pode ser uma estratégia de obtenção de
          evidências importantes para alimentar o plano de ação do componente curricular.
          Além da estratégia de autoavaliação, sugere-se a avaliação por pares, quando se tratar de gêne-
          ros já assimilados pela turma e condicionados ao perfil colaborativo de turma, com proficiência
          na matriz de correção, a fim de contribuir para o desempenho do colega. Essa prática não exime
          o professor de realizar a avaliação final das produções textuais.

          3.3.5 Estratégias para correção de questões dissertativas
          A competência escritora é uma constante na vida do estudante e não deve ser um objeto a ser
          avaliado apenas na condição de produção textual, ou, ainda, avaliada somente pelo professor
          de Língua Portuguesa. De todos os usuários da língua-mãe, no contexto educacional, espera-se
          uma acuidade com o código linguístico e o devido monitoramento do uso que o corpo discente
          faz, principalmente com relação ao aspecto formal da língua.
          Aos professores de Língua Portuguesa, nesse sentido, cabe a instrução acerca das estratégias de
          construção e correção, muito em função da formação e da capacidade técnica. Aos demais, cabe
          a adoção dessas estratégias. Para isso, além da leitura destas diretrizes, que em muito auxiliará
          todo o corpo docente, entende-se que o tópico em questão seja necessário para melhor orientar
          o que deve ser corrigido, por meio de um adequado comando de questão.
          Considerando a estrutura de uma questão, em que constem elementos fundamentais, como
          enunciado, estímulo, comando e opções de resposta; às questões abertas, compreende-se três
          desses, eliminando-se as opções de resposta. A objetividade e a clareza são fundamentais, pois
          o estudante precisa saber qual é o objetivo da questão e o que deve fazer com relação ao conteúdo
          a ser avaliado. Desse modo, sem querer padronizar o comando de uma questão aberta, o que
          se pretende por exemplificação a seguir deve ser compreendido e adequado a cada ano/série.
          De acordo com a 2ª edição das Diretrizes para Avaliação da Aprendizagem, para a construção de
          um bom comando, é preciso pensar no padrão de resposta a partir de alguns itens.
          •   Modalização: expressão circunstanciada que estabelece o recorte do conteúdo relacionado
             à questão.
          •   Conteúdo: conjunto de valores, conhecimentos, habilidades e atitudes.
          •   Objetivo: verbos orientados para mensurar a habilidade da questão.
          •   Orientação: direcionamento dado sobre a abrangência da resposta e os aspectos a serem
             abordados.



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