Page 20 - Guia de práticas e projetos de leitura: o papel da biblioteca e integração da escola
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Do mesmo modo, o ato de ler não acontece ao acaso, sem um contexto e uma finalidade comu-
          nicacional. Lemos com inúmeros objetivos, para buscar informações específicas, para estudar,
          para nos divertir, entre outras finalidades. Independentemente do motivo da leitura, há sempre
          uma necessidade real (mesmo que pessoal) que nos impele a ler.
          Muitas vezes, nas atividades escolares que envolvem a leitura, o ato de ler se torna vazio e essa
          atividade alcança um fim em si mesmo, servindo apenas para verificar o desempenho oral da
          leitura ou para ocupar um tempo de aula. Outras vezes, a leitura é encarada apenas com uma
          atividade mecânica para responder a exercícios com interpretação única ou previsíveis. Esse
          tipo de prática pouco contribui para a formação de leitores críticos e fluentes, pois o ato de ler
          é aí reduzido à compreensão da superfície textual e o próprio texto é concebido como pretexto
          para atingir outros objetivos, expor e/ou apresentar outros conteúdos, sem que o próprio texto
          seja uma fonte de informação complexa, valiosa e problematizadora. Haja vista os casos de
          itens em provas, que usam textos motivadores para compor a avaliação, mas dispensáveis
          para a resolução da questão, ou seja, são meros pretextos para o conteúdo. Na contramão desse
          processo, algumas possibilidades de tratamento interdisciplinar da leitura são apresentadas
          na figura a seguir.
                    Figura 6 - Possibilidades de tratamento interdisciplinar da leitura

































                                  Fonte: elaborado pelos autores.



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