Page 56 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
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A gravidade pode ser indicada com base nos critérios apresentados no
DSM-5. É considerada leve, quando o estudante é capaz de desempenhar
bem as atividades na presença de apoios e adaptações. Considera-se
moderada, quando seus resultados escolares dependem de ensino intensivo
e especializado durante os anos escolares. É grave, quando afeta vários
domínios acadêmicos, exigindo ensino individualizado e especializado
contínuo na maior parte dos anos escolares. Mesmo com os apoios,
o estudante pode não alcançar a realização eficiente de suas atividades.
O Transtorno de Aprendizagem é também conhecido como Distúrbios
de aprendizagem, como define o Comité Nacional de Dificuldades de
Aprendizagem (National Joint Committee of Learniing Disabilities,
1981, EUA):
Distúrbios de aprendizagem é um termo genérico
que se refere a um grupo heterogêneo de alte-
rações manifestas por dificuldades significativas
na aquisição e uso da audição, fala, leitura, escrita,
raciocínio ou habilidades matemáticas. Estas
alterações são intrínsecas ao indivíduo e presu-
mivelmente devidas à disfunção do sistema ner-
voso central. Apesar de um distúrbio de apren-
dizagem poder ocorrer concomitantemente com
outras condições desfavoráveis (por exemplo,
alteração sensorial, retardo mental, distúrbio
social ou emocional) ou influências ambientais
(por exemplo, diferenças culturais, instrução
insuficiente/inadequada, fatores psicogênicos),
não é resultado direto dessas condições ou influ-
ências. (COLLARES; MOYSÉS, 1993. p.32)
Ainda de acordo com a definição do Comitê, apesar de não ser impres-
cindível que a única causa do distúrbio de aprendizagem seja uma
disfunção presente no Sistema Nervoso Central, é preciso que, pelo
menos, uma disfunção do SNC seja um dos possíveis fatores para que o
distúrbio possa ser diagnosticado.
Segundo Collares e Moysés (1993), pela perspectiva etimológica, os
distúrbios de aprendizagem atendem a definição de “anormalidade pato-
lógica por alteração violenta na desordem natural da aprendizagem”, locali-
zada no cérebro do educando. Dessa forma, entende-se que os distúrbios
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