Page 10 - Diretrizes Curriculares Educação Inclusiva - Volume I
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por objetivos que orientam para uma prática educacional inclusiva coerente
                    com uma vivência de compartilhamento, cooperação, solidariedade e
                    convivência fraterna entre educadores, estudantes e famílias.
                    As diretrizes aqui apresentadas pressupõem, em seu corpo discente, a
                    condição de sujeito que preexiste a quaisquer dificuldades pedagógicas ou
                    deficiências que possam apresentar. Nesse sentido, defendem que sejam
                    buscadas e ampliadas suas potencialidades, habilidades e competências.
                    Pressupõem e defendem a capacidade de todos(as) discentes para aprender
                    e desenvolver-se ao longo de suas vidas, sendo a escola um espaço
                    privilegiado para o desabrochar dessas possibilidades. Acreditam seus
                    elaboradores que a criação de culturas e políticas inclusivas dão a base de
                    sustentação para o desenvolvimento inclusivo da escola.
                    O conceito de deficiência adotado no trabalho não implica apenas
                    a pessoa, mas o ambiente e as barreiras que impedem sua plena parti-
                    cipação, sendo a escola um significativo espaço que previne deficiências
                    e possibilita o desenvolvimento humano e social de seus integrantes. A
                    deficiência situa-se no texto, portanto, em uma perspectiva sistêmica de
                    natureza biopsicossocial e não caracteriza e identifica a pessoa, mas a sua
                    situação presente. Nesse aspecto, o trabalho focaliza as condições orgânicas,
                    mas aponta medidas pedagógicas de âmbito curricular que aponta para a
                    minimização de dificuldades e potencialização de caminhos de superação
                    e expectativas de crescimento.
                    Consistem essas diretrizes em uma construção coletiva e processual
                    apoiada nas sugestões dos educadores das Escolas Maristas às questões
                    identificadas e pontuadas, que carecem de soluções pedagógicas para os
                    estudantes com necessidades educacionais especiais. Pretende-se compor
                    uma coletânea sucessiva de volumes, atualizada e inovadora. Sua caracte-
                    rística é de cunho normativo, orientador, de modo a buscar convergências
                    e propiciar produção, apropriação e socialização de saberes na área
                    educacional, de modo a cumprir a missão institucional nas Escolas Maristas.
                    Nesse sentido, almeja encontrar no ato educativo e na inclusão escolar a
                    vocação instrucional, emancipadora e evolutiva da escola, assegurando
                    que esta garanta seu lugar na sustentabilidade planetária. Estou gratificada
                    por participar deste trabalho.
                                           Doutora Erenice Natalia Soares de Carvalho








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