O dia 20 de maio é bastante representativo para os Maristas. É nesta data que se completam, em 2020, 231 anos do nascimento do fundador do Instituto Marista, São Marcelino Champagnat. Nascido em uma família humilde, em Rosey, no interior da França, ainda menino, daria início à missão marista no mundo. Se tornou um homem de fé, testemunho da humanidade e de amor fraterno. Idealizou um projeto revolucionário de educação, que se espalhou pelos continentes, mundo afora.
Para comemorar a data, o Centro de Estudos Maristas (CEM) elaborou um roteiro celebrativo de ação de graças, pelos 231 anos do nascimento de Champagnat. A ideia é que as comunidades religiosas e os demais segmentos do Marista Centro-Norte possam celebrar a data, com este roteiro de oração comunitária, baseado na vida do fundador, com ênfase especial no papel de seus pais em sua vida.
Para o diretor do CEM, Ir. Rafael Ferreira Júnior, celebrar a vida de Champagnat é oportunidade para revisitar as origens, pois nele estão nossas fontes. “É, também, oportunidade para dizer a Deus “muito obrigado”, por nos ter dado Marcelino Champagnat, por lhe ter dado uma vocação e um carisma. Sobretudo, é oportunidade para refletirmos sobre nossa participação, hoje, na missão que dele herdamos”, destacou o diretor.
Histórias de Champagnat
Ir. Rafael, também, nos lembra que o CEM é o guardião da memória de Champagnat, além de possuir, em seu acervo, objetos e alguns paramentos usados por ele em vida. E esta memória guarda episódios e curiosidades do fundador do Instituto Marista, dignos de narrativas que se não fossem cômicas, seriam trágicas!
Vamos a uma delas, que relata a história do Ir. Silvestre com o Padre Champagnat. Ir. Silvestre se tornou marista ainda muito novo, praticamente um menino. Vivia sempre alegre, brincando e fazendo estripulias de todo tipo. Seu comportamento não agradava muito os demais Irmãos com quem ele convivia, mas ia-se levando. Ir. Silvestre, além de brincalhão, era desastrado. Se ia para cozinha, as panquecas iam parar em cima dos armários. Um dia achou por bem amarrar algumas cabras na própria cintura e as fazer correr quintal afora. Resultado, caiu dentro de um buraco, abraçado com suas pobres cabras.
Outro dia, decidiu brincar um pouco com o carrinho de mão da comunidade. Isso não seria um problema se ele tivesse ido brincar no quintal. Mas Ir. Silvestre, criativo como era, decidiu que deveria brincar dentro de casa. E acelerou seu carrinho por todos os cômodos da residência. Foi um desastre! Os Irmãos acharam que ele passara dos limites e foram falar com o Padre Champagnat.
O resultado
O padre escutou atentamente todas as “acusações” contra o traquinas e, ao final, deu seu veredicto em forma de pergunta: “Por que, ao invés de brigar com o Ir. Silvestre, vocês não vão, também, brincar com ele?” Os Irmãos ficaram espantados com a resposta de Champagnat, mas não se sabe se acataram a decisão. O fato é que a resposta dada por Champagnat fala mais sobre ele próprio do que do Ir. Silvestre. Champagnat era compreensivo, bem-humorado e, sobretudo, muito humano.
Esta história, apenas uma pequena mostra de Champagnat, nos aproxima da sua vida e nos mostra sua humanidade. Neste 20 de maio será um dia para estreitar, ainda mais, a nossa relação com o fundador, e renovar a adesão ao seu projeto, que é uma identidade, um jeito de ser e de viver. Viva Champagnat!