Foto: arquivo pessoal

A vivência como Irmão Marista é a realização do meu projeto de vida!

Ir. Iranilson Correia de Lima

O atual diretor do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, de Belém (PA), Ir. Iranilson Correia de Lima, desde cedo, sempre esteve envolvido com a vida religiosa: além da família, a mãe sempre fora da Igreja – catequista, animadora de comunidade e ministra de eucaristia. Ao entrar no colégio marista, no Ensino Médio, ele percebeu que isso ficou ainda mais forte, e pôde perceber que a convivência com os Irmãos Maristas reforçou a vocação que ele já vinha sentindo.

Ele teve contato com muitos Irmãos, que sempre demonstravam entusiasmo e vibração, e isso despertava uma alegria em ser Irmão Marista. Sempre lhe chamava a atenção a presença no colégio, diariamente, no pátio, nas salas de aulas, nas atividades. Ele também gostava e apreciava a vida em comunidade dos Irmãos – uma característica forte da Congregação dos Irmãos Maristas. Além disso, tinha a dimensão mariana – ah, como Ir. Iranilson é devoto da nossa Boa Mãe. Ele adorava o mês mariano, no qual participava das atividades na escola e fora dela também.

E, por tudo isso, ele escolheu ser Irmão! Realizou todas as etapas de formação, foi trilhando vários cargos na Instituição, como coordenador, nucleador vocacional, vice-diretor e diretor de várias unidades educacionais. Hoje, à frente do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, ele tem muito a contabilizar. Mas, o que o deixa mais feliz e viver como Irmão Marista, realizando, diariamente, o seu projeto de vida!

Quer saber mais sobre esta bonita trajetória? Leia a entrevista abaixo e conheça um pouco mais sobre este Irmão, que, desde sempre, já sabia o que queria!

1)  Ir. Iranilson, nos conte um pouco como se deu a entrada para a vida religiosa: foi influência familiar, amigos ou dos próprios espaços que o senhor participou/conviveu?

Minha entrada na vida religiosa se deu, exclusivamente, por dois importantes aspectos: primeiro, porque minha família e, especificamente, minha mãe sempre foram muito religiosas. Minha mãe foi catequista, animadora de comunidade e ministra de eucaristia, e esta dinâmica foi contribuindo para que eu acompanhasse e me envolvesse. Segundo, porque fui estudante marista e a convivência com a dinâmica religiosa da escola e, principalmente, o convívio com os Irmãos me cativaram.

A minha entrada no Marista, no Ensino Médio, mudou completamente minha vida. Tudo que vivia na escola era intenso e servia como referência para viver na minha comunidade. Acontecia uma dinâmica ou uma atividade diferente e aquilo já despertava para fazer com as crianças e jovens que estravam na catequese ou nos grupos da minha comunidade, da minha paróquia. O ambiente do Colégio foi me indicando novos caminhos e possibilidades, e o convívio com os Irmãos reforçaram mais ainda minha vocação.

Na minha entrada para vida religiosa também tem a presença de outras pessoas, como meu catequista, professor e diretor, professor Luís Gonçalves, atualmente sacerdote da Diocese de Nazaré da Mata. Ele contribuiu muito, foi referência de vida e dedicação aos jovens e à comunidade. Era um religioso que envolvia a todos em diversas atividades religiosas, culturais e de convivência social.

2) E, no mundo Marista, como é que o senhor conheceu a congregação e como tudo começou?

Eu estudei no Colégio Marista Pio XII, em Surubim (PE); na época era bastante envolvido no grupo de jovens do Colégio, e, nos finais de semana, na minha comunidade, também animava e conduzia grupos de Crisma e de juventudes. Essa vivência e trabalho com juventudes foi fundamental para que escolhesse como vocação uma experiencia que tivesse como essência o amor pela juventude. No Colégio, a vida dos Irmãos era intensa. O Ir. Getúlio foi o irmão que me fez o convite para participar do grupo vocacional e a pessoa que me acompanhou até a entrada na vida religiosa.

O Ir. Getúlio sempre foi um exemplo de Irmão e de persistência, pois ele me convidava para o grupo vocacional e eu sempre relutava; mas, certo dia, criei coragem e fui à reunião do grupo e encontrei outros jovens que já eram acompanhados por ele. Tinham uma alegria e uma aproximação com o Irmão que me fez querer ir outras vezes, além disso, era encantador ir à residência dos Irmãos, lanchar com eles e conviver com eles.

Dois irmãos Maristas, Ir. Amador Rodrigues e Ir. Alexandre Lôbo também me marcaram muito no início da minha caminhada vocacional. Ir. Rodrigues, como diretor do Colégio, foi sempre uma presença discreta, sensível e amável com todos. Ir. Alexandre, responsável pela Pastoral Vocacional, sempre um entusiasmo e uma vibração que despertavam uma alegria em ser Irmão Marista.

3) Em meio a tantas congregações, por que a escolha pelos Maristas? O que foi que lhe chamou a atenção para optar por seu um Irmão Marista?

Meu maior convívio foi com a Congregação dos Irmãos Maristas, mesmo tendo convivido com os padres do seminário menor de Surubim, foram os Irmãos que despertaram um desejo e uma certeza maior de seguir uma vocação. Sempre chamava atenção a alegria dos Irmãos, a presença no Colégio, diariamente, no pátio, nas salas de aulas, nas atividades.

Outra característica muito forte, que tem a ver com minha experiência religiosa familiar, é a devoção a Maria, nossa Boa Mãe. A dimensão mariana sempre me encantou e encanta até os dias atuais. Como alunos, éramos conduzidos às festividades mariais e tudo era preparado com um zelo e ardor apostólico que fazia alunos, familiares e Irmãos vibrarem. O mês mariano era repleto de atividades que nos moviam ao convívio e à oração: noite mariana do Colégio na Paróquia, gincanas mariais e, principalmente, o encontro chamado Marial, que acontecia fora da escola com alunos e educadores.

A minha opção pelos irmãos também se deu pela característica forte de viverem em comunidades. Por mais que seja desafiador pensar e desenvolver uma missão e um objetivo em comunidade ou em grupo, isto também encanta, pois são pessoas humanas que deixam tudo e seguem um ideal. Sem contar que a história de Marcelino Champagnat, seu jeito de viver, sua paixão pela vida, missão e juventudes são forças no Instituto que impulsionam e mobilizam qualquer vocação, portanto, não poderia ter sido diferente a minha opção e escolha por ser Irmão Marista.

4) Por onde mais o senhor passou (na Instituição), antes de assumir a direção do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré? E como foram os anos nas outras funções?

Tenho um bom caminho trilhado na Congregação. Realizei minhas etapas de formação em diferentes cidades, iniciei no Pré-Postulantado em Fortaleza (CE); na sequência, fiz o Postulantado em Nísia Floresta (RN), e o Noviciado em Lagoa Seca (PB). O meu Juniorato, etapa de estudos teológicos, foi em Belo Horizonte (MG), em conjunto com Irmãos de diversas Províncias do Brasil.

Após o período formativo, minha primeira missão foi como formador do Postulantado, compondo a equipe formativa. Em seguida, fui para o Colégio Marista Pio X, em João Pessoa (PB), e foi minha primeira experiência em Colégio – atuei como coordenador Pedagógico, nucleador vocacional e vice-diretor Pedagógico. Na sequência, fui para a comunidade do Colégio Marista de Natal (RN) e atuei como coordenador de Pastoral, nucleador vocacional e na Comissão Provincial de Juventudes. Neste período, conclui a graduação em Psicologia e fui residir em Brasília (DF), assumindo a Pastoral da Província por três anos.

Logo após essa experiência, fui convidado a ser diretor do Colégio Marista São José – Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ). Foi uma experiência muito enriquecedora e desafiadora, pois era um Colégio tradicional e que teve em sua história grandes diretores e educadores maristas. Com essa experiência, fui transferido para o Colégio Marista São Luís, de Recife (PE) e fiquei como diretor por quatro anos. Uma linda experiência de crescimento na gestão, por ser um grande Colégio em todas as dimensões e, principalmente, é um Colégio histórico da presença dos Irmãos em Recife. Passado essa linda experiência, assumi a direção do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré, em Belém (PA), atuando, até os dias atuais, como diretor.

5) Atualmente, o senhor é gestor do Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré. Como é a experiência de gerir uma unidade educacional e o peso e a importância que isso traz?

Ao longo da minha história, como gestor, tive experiências de assumir colégios bastante tradicionais, com lindas histórias e de muita presença dos Irmãos. Tais características dos colégios já têm um peso enorme e exigências específicas, tais como: manter a tradição sem perder a inovação e as exigências educacionais do contexto atual; manter a identidade e a força da marca marista localmente; garantir uma excelência em todas as dimensões da proposta educativa marista e, principalmente, fazer acontecer a missão marista: educar e evangelizar crianças, adolescentes e jovens.

Tudo isso tem muita importância na minha vida, pois assumi uma vocação de religioso que tem em sua essência esta missão. Somos Irmãos consagrados para a missão de evangelizar e educar, e tenho a convicção que é isto que me dá sentido e me torna feliz. Cada dia, cada momento de vivência como Irmão Marista é a realização do meu projeto de vida, construção da minha felicidade e principalmente realização de uma missão que é própria desta experiência de vida, que assumi ao longo desses anos.

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