Ir. Danilo ao centro – Foto: arquivo pessoal

Ser Irmão é sê-lo simplesmente!

Ir. Danilo Ferreira Silva

A trajetória marista do Ir. Danilo Ferreira Silva foi rápida, pois, desde muito cedo, ele já tinha certeza de sua vocação. Quis começar aos 15 anos, mas teve que se contentar com a Pastoral da Juventude, pois, à época, era muito novo para o processo vocacional. Mas foi na pastoral que ele teve mais certeza de sua vocação, quando em uma das celebrações, conheceu os primeiros Irmãos Maristas, da Comunidade de Patos de Minas (MG). Foi, então, que este mineiro, de Patos de Minas, no Alto Paranaíba, começou a participar do grupo vocacional. Um tempo depois, realizou o Retiro Marista de Opção de Vida, e viu que a vida de Marcelino Champagnat já não sairia mais dele, pois “estava apaixonado e ansioso por ser marista”. A primeira profissão religiosa aconteceu a pouco, em 2013, e, segundo ele, foi o ápice, o coroamento e a fotografia de todo caminho, escolhas, pessoas e sentimentos, que ele fez na vida marista até aqui!

Para saber um pouco mais deste jovem Irmão, leia a entrevista abaixo e conheça uma trajetória cheia de certezas e muitos desafios!

1) O senhor veio de uma família de gerações de fé, conviveu com pessoas da Igreja, mas, de fato, qual foi a história da sua vocação?

A história da minha vocação se deu na minha atuação pastoral na minha comunidade, onde, acompanhado dos meus pais Ana e Leomar, e dos meus vizinhos, fui descobrindo e discernindo o que Deus preparava para mim. O estímulo de todos com quem caminhei nas atividades pastorais, orações e celebrações, foi essencial para identificar minha vocação religiosa. Sem essa convivência não teria encontrado no caminho a vida marista.

2) Depois de ter se convencido que era muito novo para o processo vocacional (15 anos), voltou a frequentar as pastorais da paróquia de Patos de Minas (MG), até começar a fazer parte da Pastoral da Juventude. Como se deu isso? Foi neste momento em que conheceu os Irmãos Maristas? Como foi este encontro?

Enquanto minha idade não era suficiente para iniciar o processo vocacional, fui convidado para integrar a Pastoral da Juventude da minha Paróquia. Nesse grupo, fiz amigos, dentre eles, Lucas e João Otávio, os quais me acompanhavam nos encontros e celebrações. Foi em uma dessas celebrações que João Otávio, que era aluno marista, me apresentou à comunidade marista de Patos de Minas, os irmãos Machado, Ladislau (in memoriam), Walter (in memoriam) e José Henriques (in memoriam).

3) A partir deste encontro, com os quatro Irmãos Maristas, o senhor começou a participar do grupo vocacional. De que forma isso aconteceu e o que representou para  senhor?

Esse encontro com os Irmãos, no dia 8 de agosto de 2008, foi o primeiro passo para o acompanhamento vocacional que fui convidado, dias depois, a fazê-lo, e todos os sábados acontecia, na comunidade ou em minha casa. Daí em diante, o encantamento pela vida comunitária, trabalho educativo e pastoral, e a vida de Marcelino Champagnat já não sairia mais de mim, estava apaixonado e ansioso em ser marista.

Os irmãos Machado e Ladislau (in memoriam) estiveram à frente do acompanhamento, e me introduziram de um jeito incrível, que qualquer outra pessoa de fora perguntaria “como pode um jovem se encantar por uma vida religiosa onde há Irmãos idosos? ”. Mas eu poderia dizer que aqueles Irmãos representavam com autenticidade o “ser irmão”, com alegria, afeto e testemunho. O jeito como viviam foi para mim garantia que valia a pena dar minha resposta à vocação do mesmo modo.

4) Em seguida, o senhor optou por ingressar na Casa de Formação, como se deu este processo? Tinha certeza da decisão? E como foram os anos de formação?

Depois de fazer um período de acompanhamento e discernimento vocacional, fui convidado a fazer o Retiro Marista de Opção de Vida (REMOV), entre os dias 2 e 4 de outubro de 2009, em Silvânia (GO). Lá, pude ter uma imersão num espaço diferentes e com outros Irmãos que já entendiam uma outra forma de vida marista.

No início, aquela novidade me causava encantamento e, ao mesmo tempo, o receio de optar por uma vida longe da família. Mas tudo foi sendo vivenciado com tanta abertura, que logo compreendi que aquilo e aqueles que estavam agora comigo eram extensão da minha família, uma nova família. Os anos de formação a cada ano iam me amadurecendo e me ajudando a tornar um “Irmão consagrado por amor ao Senhor”. Uma caminhada formativa prazerosa, rica e profunda com meus Irmãos formadores e meus companheiros. Depois de vários anos, digo que valeria a pena fazer tudo outra vez, mesmo que ainda não deixamos de nos formar todos os dias.

5) Depois da primeira profissão religiosa e da caminhada até aqui, o que é ser Irmão Marista para o senhor?

Após minha primeira profissão religiosa, em 8 de dezembro de 2013, que, para mim, é o ápice, o coroamento e a fotografia de todo caminho, escolhas, pessoas e sentimentos, que fiz na vida marista até aqui. Digo que ser Irmão marista é um encontro consigo, com os irmãos, com o povo e com Deus, de forma que tudo me integra e diz dos passos que dei, com quem andei e por onde caminhei. Ser marista é querer ser e fazer a diferença pelo modo de vida; com os irmãos de comunidade, Davi e Fábio, com quem convivo, colocar os pés no caminho do que você acredita e saber que este caminho, como desafios e conquistas, te leva ao encontro de Jesus, Maria, José e Marcelino.

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1 Comment
  1. ALDISIA

    PARABÉNS, IR.DANILO!

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