A programação desta terça-feira (18/6), da Jornada Provincial das Juventudes, refletiu sobre sonhos e objetivos. Diálogos políticos e sociais tomaram conta da arena, espaço que nos próximos dias será palco de discussões que inquietam e inspiram os jovens Maristas, reunidos no evento até o próximo dia 23 de junho, no Espaço Champagnat, em Brazlândia (DF).
Pela manhã, a iniciativa batizada de Caleidoscópios, reuniu os jovens empreendedores para falar sobre as experiências pessoais, bem como as histórias de lutas sociais para chegar onde estão hoje. Os participantes convidados para dinamizar o momento foram a fundadora da Casa Frida, Hellen Cristhyan,, conhecido também como Ponto de Cultura e Casa de Acolhimento de Mulheres em situação de Violência Doméstica, localizada em São Sebastião, região administrativa próxima a Brasília, e o idealizador do Movimento RUAS, Max Maciel, além da arquiteta e empreendedora individual, Camila Oliveira.
Sobre os movimentos de transformação social, Max Maciel citou seu envolvimento e perseverança na transformação da Praça do Cidadão. O espaço hoje é referência em ponto de cultura, qualificação e aprendizagem para jovens de Ceilândia (DF). “Construímos, por meio de um sonho e a necessidade social, um lugar para os jovens se expressarem de maneira livre. Lá temos cursinho pré-vestibular, centro de ensino de línguas estrangeiras, cursos profissionalizantes e diversos ambientes de incentivo à arte. Ao ser questionado sobre os custos para manutenção do espaço, Max esclareceu. “O recurso financeiro nem sempre é a saída. Mas o recurso e esforço humano, muitas vezes, são essenciais e indispensáveis para o crescimento de um projeto em grande escala como esse”, contextualizou o convidado.
Nesse sentido, Hellen Cristhyan falou sobre a experiência de investir em um ambiente de cultura que, com o tempo, se tornou em espaço de acolhimento às mulheres. “Têm sido uma experiência de empoderamento feminino e potencialização da capacidade artística dos jovens da comunidade. A preocupação com a casa comum me moveu até a criação desse espaço. Vocês podem ser movidos pelo mesmo motivo ou por outros, a política pode ser um deles”. De acordo com ela, “todos os tipos de manifestações mostram a identidade da juventude atual. É necessário prestar atenção nisso”.
Já a arquiteta Camila Oliveira idealizou o projeto Concurso de Ideias. Com o objetivo de mostrar soluções inteligentes e sustentáveis em projetos arquitetônicos, a iniciativa atinge vários estudantes de arquitetura do DF que buscam adequar esses projetos em obras sociais de baixo custo para a população. “A escolha da minha profissão possibilitou a realização de um sonho. É inspirador quando a escolha profissional visa um objetivo coletivo”, explicou.
Inquietos com todas as provocações, os estudantes mostraram sua admiração pelos participantes do debate. “Percebo que o debate sobre empatia é o centro dessa grande discussão. Você não precisa ser negro para lutar pelo movimento negro. Você não precisa ser idoso para querer uma boa aposentadoria para as pessoas de mais idade. O start precisa ser interno a partir de uma descoberta pessoal. Isso em todos os sentidos, inclusive no profissional”, destacou a estudante da Escola Marista Champagnat de Terra Vermelha (ES), Júlia Oliveira.
Durante a tarde, sob a assessoria de Caio Oliveira, da Casa da ONU de Brasília (DF), os jovens debateram sobre diplomacia e a importância de ser ouvido dentro desses espaços de discussão: “O mundo pode ser um lugar muito hostil para os jovens. A única forma de garantir seus direitos é estudando e buscando destaque em ambientes de protagonismo. Escrevam projetos e coloque-os em prática. É disso que a sociedade precisa”, elucidou o convidado aos jovens presentes. À noite, Clara Nunes, que também é representante da Casa da ONU, contribui com os debates.
A dinâmica de debate continuou durante o restante da tarde, sempre com momentos de reuniões em grupos para desenvolver um pouco mais sobre os assuntos tratados na arena. A programação também contou com oficinas e rodas de conversa sobre a identidade e transformação.
Com informações: Juliana Camelo – Colégio Marista Champagnat Taguatinga – DF.
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