A Campanha da Fraternidade de 2018 foi lançada para as unidades socioeducacionais, da Província Marista Brasil Centro-Norte (PMBCN), durante a videoconferência realizada na última quarta-feira (28/02). Promovida, anualmente, pela Igreja Católica, a ação tem como tema norteador Fraternidade e superação da violência, e o lema Vós sois todos Irmãos (Mt 23,8).
Para sensibilizar as equipes pedagógicas, administrativas e os professores sobre a importância do tema da Campanha, a Província convidou a psicóloga e professora da Universidade Católica de Brasília (UCB), Gleicimar Cunha. Na ocasião, ela apresentou aos participantes da videoconferência, organizada pelas Coordenações Educacional de Evangelização da PMBCN, conceitos e esclarecimentos fundamentados no questionamento: Reflexões sobre o conceito de violência: como podemos colaborar para a superação deste fenômeno no ambiente escolar?
Em resposta à pergunta, a especialista esclareceu que a violência é um fenômeno complexo, dinâmico e diverso em suas manifestações, e que, atualmente, percebe-se a banalização do assunto. “As representações sociais da violência são diferentes, dependendo do contexto. A violência contra estudantes em situações abastadas é mais simbólica, já a violência física é frequente com estudantes em situação socioeconômica mais baixa”, elucidou Gleicimar.
Como proposta de intervenção, em situações de violência no espaço escolar, a professora orientou sobre a necessidade de se trabalhar, entre os estudantes, a cultura do respeito e da valorização da vida. “Do ponto de vista psicogenético, as crianças têm sido muito mais insensíveis em relação ao outro; há a incidência de violência entre alunos cada vez mais jovens”, citou, ao exemplificar o bullying como um dos tipos de violência mais repetidas em escolas.
Ao final da explanação, Gleicimar Cunha abordou conceitos que colaboram no entendimento sobre o que é violência, ao conceituar, a partir do olhar da psicologia, a agressividade, a agressão, e a gravidade do ato. “Precisamos fazer uso da linguagem. Eu acredito que somos capazes de resolver conflitos pela palavra e na convivência”, argumentou.