Foto: arquivo Casa Geral

Foto: arquivo Casa Geral

O Ir. Emili Turú termina seu mandato, como Superior-Geral dos Irmãos Maristas, durante o XXII Capítulo Geral, que começa em oito de setembro, em Rionegro, na Colômbia. Poucos dias antes de iniciar o Capítulo, o Ir. Emili nos concedeu esta entrevista.

Um Capítulo Geral é sempre um momento importante para a vida de um Instituto religioso. O fato de o Capítulo acontecer na Colômbia, neste ano, tem algum significado?

Neste ano, estamos celebrando o bicentenário de nossa fundação. O slogan que preside esta celebração e que esteve presente nos dois anos de preparação foi: “Um novo começo”. Ao falarmos de um novo começo, queremos visualiza-lo, também geograficamente, com a novidade de um Capítulo fora da sede da Administração Geral, pois nela foram feitos os 21 Capítulos anteriores.

Queríamos levar o Capítulo para uma das “periferias” do mundo, e a Colômbia é uma delas, uma vez que está vivendo as consequências de um conflito armado desde 1960. Uma das consequências é, por exemplo, o grande número de pessoas deslocadas internamente (mais de 6 milhões).

Por outro lado, neste ano celebra-se o 50º aniversário da convocação da II Conferência Geral do Episcopado latino-americano, que aconteceu justamente em Medellín. Sabemos que as conclusões dessa Conferência marcaram profundamente o solo e a Igreja do continente, talvez a Igreja universal.

Além disso, na Colômbia, temos uma importante presença marista, que ajudou e ajudará nos inúmeros aspectos logísticos que é preciso atender para um bom desenvolvimento do Capítulo.

Estas são as principais razões que nos levaram a escolher a Colômbia como sede do nosso Capítulo.

 Concretamente, o que o senhor espera deste Capítulo Geral? 

Que os participantes do Capítulo sejam capazes de escutar a voz do Espírito de Deus, que nos fala por meio dos “sinais dos tempos” e nos convida a dar respostas criativas às urgentes necessidades das crianças e dos jovens de hoje.

O Papa, na encíclica Evangelii Gaudium, recorda-nos que devemos superar essa espécie de “introversão eclesial” que nos leva a busca da nossa autopreservação. Por isso, precisamos nos manter em permanente estado de missão. Isto é o que nos dará vida e nos abrirá para o futuro.

Creio que teremos que nos perguntar honestamente, como fez Champagnat há 200 anos: “Onde a Igreja nos necessita neste início do século XXI?” E agir de forma coerente!

 A que o senhor se refere quando fala de “sinais dos tempos”?

Os participantes do Capítulo decidirão que “sinais” nos falam hoje com força especial; porém, a mim, parece que há algumas situações de autêntico clamor e que, seguramente, formarão parte do nosso discernimento. Penso, por exemplo, nos 65,6 milhões de pessoas, em todo o mundo, forçadas a sair de seus lugares de origem – não podemos ficar indiferentes sabendo que a metade dessas pessoas tem menos de 18 anos. Penso, também, na urgente e imprescindível “conversão ecológica global”, porque nela está em jogo o futuro do planeta.

Outro “sinal dos tempos” importante é a emergência de um laicato maduro e comprometido, que deve ter seu próprio protagonismo.

Finalmente, alguns dados sobre o Capítulo.

Os capitulares serão 79, representando todo o Instituto Marista. Além deles, participarão, como convidados, um grupo de oito leigos e leigas (durante 3 semanas), assim como um grupo de seis Irmãos jovens.

O Capítulo começa dia oito de setembro e terá duração de seis semanas. Como o Papa vai estar em Medellín no dia nove, para encontrar a Vida Religiosa, também nós participaremos desse encontro: foi uma feliz coincidência! Também está previsto um dia para um encontro com jovens da Colômbia, Equador e Venezuela, para escuta-los e partilhar com eles.

Oxalá, que o Capítulo seja realmente um momento de graça para todos os Maristas!

Muito obrigado. Contamos com as orações de todos os leitores!

Fonte: Instituto Marista

1 Comment
  1. Magali Aoarecida Ribas Moraes

    Como o nosso Superior geral dos Maristas Ir. Emili Turú estará terminando seu mandado, nada melhor do que homenageá-lo através desta poesia que pra nós representa em termos de sua Missão e seu Carisma, um pouco do que representa para nós.

    Ao Nosso Superior Geral

    Atravessando fronteiras
    Pra cumprir sua Missão,
    Reunindo sua família
    Pra falar ao coração…

    Sabe o que deve ser feito,
    Entre leigos e irmãos,
    Nestes tempos de mudança,
    Preservando a tradição.

    Assim como Champagnat;
    Ir. Turu anuncia:
    Muitas bênçãos que virão
    Na missão que perpetua.

    Assim levando esperança,
    Pra muitos leigos e irmãos,
    No Carisma que sustenta;
    De sua bela Missão!

    Duzentos anos passaram, A Raiz de La Valla,
    De muita fé em Maria, Continuará na memória
    E nestes tempos deixaram; Como marco que será
    Esta chama que irradia. De toda essa bela história

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