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Refletir sobre os desafios e as estratégias de gestão e a conjuntura brasileira das juventudes foram os objetivos dos painéis do segundo dia (9/5) do Encontro de Gestão Pedagógica Pastoral Marista, promovido pela Província Marista Brasil Centro-Norte (PMBCN), em Brazlândia (DF). O encontro, que tem por finalidade promover a integração e a proximidade entre as temáticas e as equipes, reúne vice-diretores educacionais, coordenadores pedagógicos e coordenadores de pastoral de unidades educacionais e sociais da PMBCN.

 O primeiro painel debateu a gestão pastoral pedagógica a partir da assessoria do coordenador de Evangelização, Ir. Paulo Soares, e do gerente Administrativo, Jefferson Luiz Clemente Oliveira. Os participantes dialogaram sobre os principais desafios da gestão das escolas e colégios e as interfaces entre pastoral e pedagógico, a partir do conceito de interdependência. “Não somos membros separados. A integração entre todos é fundamental”, afirmou Jefferson. “O mundo está em transformação e as organizações devem se adaptar. Para isso, a mudança na concepção e no modo de agir é essencial diante dos novos tempos”, alertou o Ir. Paulo.

Sobre gestão e espiritualidade, ambos os palestrantes insistiram sobre o novo começo do Instituto Marista, ao advertir sobre a necessidade de cultivar a interioridade e a espiritualidade. “Por que persistimos em voltar às origens maristas? Para que não esquecemos a razão pela qual fomos fundados”, disse Jefferson. Na percepção do Ir. Paulo, as motivações pessoais de cada um devem, também, serem levadas em consideração. “Qual foi nosso primeiro amor que nos levou a estar na pastoral, no educacional ou ser marista? O primeiro amor é aquilo do qual não devemos nos esquecer, sempre revisitando aquilo que nos move. Da mesma maneira, devemos fazer isso na instituição”, finalizou Ir. Paulo.

 No período da tarde, a assessoria com tema “Antropologia juvenil: viver a fé na cidade”, foi conduzida pela professora da PUC Campinas, Brenda Carranza. A convida apresentou aos participantes o contexto da juventude brasileira, como os desafios postos ao Estado, o desemprego, a tecnologia, a formação e a violência. “Há, hoje, o deslocamento da sociedade de direitos para a sociedade de consumo, como motor de produção. De cidadãos passamos para clientes e esse é um dos contextos que envolve a juventude”, disse a professora.

 Ao reiterar que falar dos jovens é abordar a diversidade, a professora afirmou que há juventudes sem história e sem contexto, lembrando, também, que já se sabe muito sobre eles. “Precisamos saber quem somos nós diante das juventudes. Como nos deslocamos em direção a eles? Interessa, aqui, o que pensamos sobre os jovens e o que sentimos em relação a eles para ressignificar paradigmas a partir da experiência de convivência com as juventudes”, finalizou Brenda.

O encontro, promovido pelas Superintendências de Organismos Provinciais (SOP) e Socioeducacional (SSE), por meio da Coordenação de Evangelização, Gerência Educacional e Gerência Administrativa, ocorre até o dia 12 de maio, com palestras, debates e momentos de convivência. Mais dois encontros serão realizados em Belo Horizonte/MG, entre 15 e 19 de maio, e Lagoa Seca-PB, entre 22 e 26 de maio.

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