Foto: arquivo pessoal

A minha razão é a fé que me guia. Nenhuma inveja me causa tropeço. Creio em Deus e na Virgem Maria. Encaro sem medo os problemas da vida! (Martinho da Vila)

Sou Jadir Ramos de Almeida Júnior, filho do seu Jadir e da dona Vera Lúcia (in memoriam), típicos marajoaras. Um casal lutador, diga-se de passagem, que me inspira até hoje por todos os ensinamentos que me deram, no decorrer da minha história pessoal.

De minha mãe, Vera, eu herdei a religiosidade mariana, o jeito de experimentar Maria como mãe presente na vida, isso foi providencial porque me ajudou a fortalecer, mais tarde, em minha caminhada como marista, o amor pela Boa Mãe. Além disso, aprendi com ela a sensibilidade em olhar a realidade, em acolher o outro em suas necessidades. Minha mãe abraçava as pessoas no sentido de acolhê-las, não somente no sentido físico. Aprendi com ela, também, a alegria de viver, de compartilhar os pequenos acontecimentos do dia a dia na simplicidade. Aprendi a apreciar os lugares e os diversos sabores da culinária, mas também a vida!

Do meu pai, Jadir, aprendi o respeito pelo outro, a importância do diálogo franco e sincero, a valorizar a verdade como virtude, o amor ao trabalho, a seriedade em assumir compromissos e a disciplina.

Nasci na cidade de Belém, no bairro da Sacramenta – bairro de periferia, conhecido pela alegria, pela música e pelos desafios diários enfrentados pelo seu povo simples. Sou devoto fiel de São Jorge e de São Sebastião.

Meu destino eu moldei. Qualquer um pode moldar. Deixo o mundo me rumar. Para onde eu quero ir. Dor passada não me dói. E nem curto nostalgia. Eu só quero o que preciso para viver meu dia a dia. (Martinho da Vila)

Passei por muitos lugares antes de chegar ao Marista. Experiências que foram desafiantes para mim e que contribuíram para o homem que eu sou hoje!

Trabalhei nas madrugadas, indo e vindo, do mercado Ver o Peso ao Ceasa, ajudando meu tio com o pescado e as verduras; trabalhei na Polícia Militar, no SEBRAE, na CFIS, na Microlins, na biblioteca do CENTUR, tudo isso paralelo ao estudo de Pedagogia. Sempre fui muito ciente de que precisava lutar para conquistar meus objetivos, sonhos, desejos. Trabalhava durante o dia para poder manter o meu estudo à noite, sem deixar de me divertir como jovem e aproveitar as coisas simples da vida, isso inclui o grupo de pagode, a roda de samba, os amigos, os jogos de futebol e os festejos da Paróquia São Sebastião.

Foi um rio que passou em minha vida. E meu coração se deixou levar. Foi um rio que passou em minha vida… (Paulinho da Viola)

Minha trajetória no Marista aconteceu, vamos dizer, por um acaso providente!

Comecei em 2007, fazendo estágio supervisionado não remunerado. Naquela época, fui recebido pela professora Gina, no Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré. No ano seguinte (2008), fui convidado a trabalhar como auxiliar Pedagógico, esse dia ficou marcado na minha memória afetiva, lembro-me que chovia muito forte em Belém, era o dia 2 de janeiro. No segundo semestre, daquele mesmo ano, passei a atuar como assistente de pastoral porque uma pastoralista precisava entrar em licença maternidade.

Em 2009, me tornei agente de Pastoral. Naquele tempo, quem estava assumindo a coordenação de Evangelização era o Irmão Iranilson, meu atual diretor; foi ele quem me propôs fazer um curso de juventudes, para em seguida, assumir a área na nossa unidade. Tive a alegria de implantar a Pastoral Juvenil Marista (PJM), com o primeiro grupo do Momento Estrela e do Momento Coração Acolhedor, em nossa unidade, e acompanhar o primeiro grupo do NAV – Núcleo de Animação Vocacional do nosso colégio.

Jadir e o provincial, Ir. Ataide José de Lima, na entrega do pingente de ouro do Instituto Marista. Foto: arquivo pessoal

Em 2015, fui convidado a assumir a coordenação de Pastoral, serviço que eu exerço até hoje. Em 2017, tive a grata alegria de receber das mãos do nosso provincial, Ir. Ataide José de Lima, o pingente de ouro do Instituto Marista, pelos 10 anos de serviço desempenhado na missão de tornar Jesus Cristo, conhecido, amado e seguido.

Ao longo deste trajeto, tive muitas oportunidades de crescimento humano, profissional e espiritual, ofertadas a mim pela Província Marista Brasil Centro-Norte (PMBCN), por meio dos grupos de trabalho de que eu pude participar, ligados às juventudes e à Animação Vocacional. Como, também, experiências vividas na Missão Marista de Solidariedade e outros momentos como TAS e o TAC.

A PMBCN me proporcionou, também, o estudo do Patrimônio Marista que, para mim, foi um ponto muito forte que me ajuda até hoje a compreender e viver a espiritualidade Marista, assumindo-a como parte da minha própria espiritualidade.

Neste caminho, muitas pessoas foram importantes, foram baluartes para minha vida como Marista, destaco algumas: professora Gina, que me apresentou o Marista, me acolheu e me ensinou o sentido do estar em torno da mesma mesa, isto é, a acolhida, a união e o espírito de família; Ir. Alexandre, pelo seu modo de ser Champagnat hoje, ao transmitir uma espiritualidade encarnada na própria vida; Ir. Maurício foi presença muito marcante pelo cuidado que tinha com as pessoas, pela presença de religioso em meio a nós, especialmente se referindo ao cuidado dispensado sobre a equipe de pastoral; João Bosco foi meu mestre, meu coordenador, de quem sou hoje sucessor, me ajudou a experimentar o jeito Marista de ser na espiritualidade e na sensibilidade para com o outro. Aprendi muito com ele a respeito do serviço que desempenho hoje como coordenador de pastoral.

Tenho um grande apreço pela Pedagogia Marista! Amo a história e a forma pedagógica de Champagnat, a sua espiritualidade da prática e do afeto, da presença significativa em meio às crianças e aos jovens me fascina. O “perder” tempo com o outro, o dedicar a vida por essa causa, a herança espiritual, a persistência nos sonhos, o amor a Maria como mãe, humana, o dar chance e espaço de tempo para que o outro cresça, tudo isso me fascina na pedagogia Marista.

Se a luz do sol não para de brilhar. Se ainda existe noite e luar. O mal não pode superar. Quem tem fé pra rezar diz amém. E ver que todo mundo é capaz de ter um mundo só de amor e paz quando faz só o bem. (Arlindo Cruz)

Resumindo, só tenho a agradecer pelos desafios vividos, pelas pessoas que carrego no coração e pelas experiências que trago na mochila da vida. Recordando, sempre, que “é fazendo os outros felizes que encontraremos nossa própria felicidade” como já nos disse São Marcelino.

Sou Jadir, sou Marista, Marista de coração!

Jadir Ramos de Almeida Júnior

Coordenador de Pastoral – Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré (Belém/PA)

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