Ir Romero (2)

Quem já foi à Casa Provincial teve a oportunidade de conhecer a hospitalidade do Ir. Romero Rodrigues Ferreira. Coordenador da residência, ele acompanha e anima a Comunidade Provincial, tanto os Irmãos quanto os colaboradores, além daqueles que passam por lá a trabalho. Ir. Romero conversou com o site Vida Marista sobre a trajetória na Província Marista Brasil Centro-Norte.

1. Como se deu o encantamento pelo carisma da instituição e o ingresso na congregação? 

Creio que o primeiro e o grande encantamento pelo carisma Marista se deram e se desenvolveram pelo convívio com os Irmãos. Antes de ser aluno no Colégio Marista de Patos de Minas, me relacionei com alguns Irmãos nas Pastorais da Paróquia, encontros e trabalhos diversos, sobretudo em tempos de passagem do Regime Militar (ditadura) para a Democracia. Havia uma grande discussão sobre regime democrático, elaboração da nova Constituição, reforma agrária, voto direto para presidente. A atuação dos Irmãos era de liderança sempre reflexiva, dentro do método vigente naquela época: ver, julgar e agir. Esse tempo foi de 1980 a 1986.

Entre 1984 e 1986 fui aluno Marista, justamente por ter um contato muito forte com os Irmãos. Eles me convidaram para estudar no Colégio Marista em Patos de Minas. Tempo de várias oportunidades de aprofundamento, discernimento, crescimento e decisões. Após o término do Ensino Médio, fui convidado para fazer experiência vocacional. Pedi demissão do meu trabalho e fui para a cidade de Aruanã/GO, local de missão no interior do Estado de Goiás, onde os Irmãos coordenavam o colégio chamado Dom Cândido Penso. Assim, ingressava na vida marista. Depois de ficar um ano dando aulas e trabalhando na comunidade local, nas pastorais, com o povo e com outras diversas Instituições.

 2. Como a formação marista influenciou as suas relações familiares e profissionais?

 Influenciou positivamente sobretudo nos três anos em que estive como aluno do Ensino Médio no Colégio Marista de Patos de Minas. Nesse tempo, fui a fonte e bebi no manancial, por meio dos muitos encontros, pastorais, convivências e do estudo formal. Tive como professores alguns Irmãos, favorecendo os contatos entre a Comunidade dos Irmãos, o Colégio e a minha família. Havia um grupo de espiritualidade Mariana chamado Projeto Maria de Nazaré – PMN. Eu participei desse grupo de alunos, onde fui também coordenador por algum tempo. Era um grupo onde alunos e alunas tinham espaço de reflexão e convivência interna, existente em vários colégios da Província. Como eu já estava muito próximos aos Irmãos, era convidado para participar de vários momentos da Comunidade Religiosa. Desse modo, foram se alargando os contatos e laços afetivos, que culminaram no convite para fazer a experiência vocacional em Aruanã/GO.

 3. Destaque um momento marcante da vida consagrada?

 Foram vários. É difícil citar apenas um. Poderia enumerar a Comunidade Marista de Patos de Minas, onde houve os contatos iniciais; logo depois, o primeiro ano junto com os Irmãos, na Comunidade de Aruanã; todo o tempo de formação em Belo Horizonte/MG e Curitiba/PR; os votos temporários e perpétuos e a presença e apoio dos leigos (as) e da família, como parceiros na Missão.

4.Como é a rotina de trabalho na Casa Provincial? Quais são as suas principais atividades?

 Sou o coordenador da Residência Provincial. Neste espaço me encontro desde de janeiro de 2010, quando fui convidado pelos Irmãos Claudino Falquetto e Wellington Medeiros para ser o diretor da Casa Provincial. Meu trabalho no dia a dia é estar atento às demandas que vão surgindo e dar encaminhamentos a elas. Acompanhar, responder e animar a Comunidade Provincial, tanto os Irmãos que aqui residem, colaboradores que contribuem com os serviços da casa, quanto a Irmãos, leigos e leigas que passam por aqui. Na Residência Provincial passam muitas equipes de trabalho para reuniões. Muitos desses grupos permanecem por alguns dias para desenvolverem seus planejamentos, fazendo comunidade com os Irmãos. Tenho também uma boa ligação com as outras unidades de Brasília e região.

5. Qual a sua expectativa para os 200 anos do Instituto Marista?

Para celebração dos 200 anos de fundação do Instituto, sonho que possamos viver com entusiasmo e alegria a Missão, o sonho de São Marcelino Champagnat, atentos aos apelos do Papa Francisco. Caminhemos rumo a um Novo Tempo; Irmãos e Leigos leigas. Aproveito para agradecer o tempo de convivências e experiências com todos; desejo um Santo e Feliz Natal. Feliz 2017!

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2 Comments
  1. Valéria

    É com grande alegria que leio essa entrevista.
    Feliz por sua linda jornada Ir. Romeno.
    Como também foi importante sua caminhada aqui junto a todos nós nessa Baixada Fluminense. Que Deus continue te iluminando sempre.
    At
    Valéria Reis

  2. Ir. Antonia

    Irmão Romero, tive a grande graça de conhecê-lo quando passou por Curitiba. Saudades

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