Foto: arquivo pessoal
Sou Eveline Morelli Lima, capixaba, mãe de Saulo e Lívia, atual diretora geral do Colégio Marista São José – Tijuca, no Rio de Janeiro, desde julho de 2017. Antes de ser nomeada para essa Unidade, atuei por 10 anos no Colégio Marista Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha (ES).
Minha trajetória profissional tem sido intensa. Atuei em todos os níveis de ensino, da Educação Infantil ao Ensino Superior, como docente e em cargos de gestão. Morei e atuei em diferentes cidades desse nosso Brasil, passando por algumas instituições de ensino confessionais católicas (diferentes congregações), públicas e privadas não confessionais.
Durante todo o meu percurso profissional, mesmo fazendo coisas concomitantes, nunca abri mão de atuar em escolas confessionais católicas (meu lugar) e Educação Básica, por entender que esse é um espaço de laboratório, onde verdadeiramente podemos atuar na formação dos educandos.
Primeiro contato com os Maristas
Meu primeiro contato com os Maristas foi na década de 90, em Belém do Pará, onde atuava numa outra congregação religiosa, muito próxima, fisicamente e nas relações com o Colégio Marista Nossa Senhora de Nazaré. Trabalhávamos com alguns professores em comum e isso nos motivou a desenvolver formações conjuntas e diversos planejamentos pastorais. Foram contatos riquíssimos no qual tive oportunidade de conhecer e me relacionar com diferentes Irmãos Maristas pelos quais nutro profundo carinho e amizade até hoje.
Lembro-me que à época, Ir. Arthur era o diretor do Nazaré e também muito amigo da minha diretora, Ir. Helena, da Congregação dos Pobres de Santa Catarina de Sena, e ele dizia a ela que não me levava para o Marista em consideração à amizade que os dois mantinham. Acho que ali começava o meu namoro com o Instituto Marista.
Em 2003, após um grande revés na minha vida pessoal, precisei retornar ao Espírito Santo e aí o Ir. Arthur, carinhosamente, me deu uma carta de recomendação para que eu procurasse o Colégio Marista em Vila Velha. Ainda não foi dessa vez…fui para outros trabalhos e em 2006, aí sim, entrei para o Marista.
Pela história anterior, senti-me em casa desde o primeiro momento que comecei a atuar nesse novo espaço profissional. Total identificação e uma enorme motivação para arregaçar as mangas e atender o que me foi pedido com relação àquela Unidade.
Foi uma história linda, pois além do trabalho que realizei no Colégio, tive oportunidade de viver muito intensamente e com muita proximidade o dia a dia da Casa de Formação (pré-postulantado), em Terra Vermelha. Muitos Irmãos Maristas atuaram ali e nos acompanharam também no Colégio. Muitos jovens, de diferentes partes do Brasil, com suas peculiaridades, foram chegando e nos ensinando a conviver com o diferente, mas todos atraídos e unidos pelo carisma Marista. Além de participar de diferentes momentos nesta casa, também, relacionávamos com esses jovens recebendo-os no Colégio, para experimentarem a missão naquele espaço. Foi uma troca muito intensa e acabei estabelecendo uma relação muito querida com cada um deles. Novos filhos que a vida me deu!
Novos tempos
Em 2016, depois de uma longa negociação, desliguei-me da Instituição. Achei que era hora de dar uma parada. Entendia que seria saudável para ambas as partes, para mim que precisava rever e ressignificar várias coisas depois de muitos anos ininterruptos de trabalho e de 10 anos na unidade de Vila Velha e, também, para o Colégio que merecia respirar outros ares sob outra gestão. Com o passar do tempo, tudo fica muito viciado. Era preciso oxigenar!
E, num curto espaço de tempo (não cheguei a completar meu ano sabático…), estava eu de volta atendendo ao convite dos Irmãos, da Superintendência e Gerência Socioeducacional, para que assumisse a direção geral do Colégio da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Eu que dizia não mais querer fazer nenhuma mudança de cidade, desinstalei-me novamente para ir para terras cariocas, atendendo um novo chamado. Quem é Marista sabe que o apelo é muito forte. São Marcelino exerce um fascínio sobre todos e, depois que você é seduzido pela primeira vez, o vínculo se torna para a vida toda.
O desafio que se apresentava era gigantesco, mas a confiança absoluta em São Marcelino e em Nossa Boa Mãe, era maior do que qualquer temor ou preocupação. Quem me conhece sabe que sou movida a desafios, quanto maiores, mais eu produzo e me entrego, confiante de que sou mero instrumento para dar continuidade à realização dessa obra.
E, como tudo nessa Instituição é muito dinâmico, começo 2019 vivendo uma nova e intensa experiência de fazer parte de uma Comunidade Mista (experiência recente de nossa Província), onde, juntamente com os Irmãos Wagner, Joilson e Jadir, reabrimos a Comunidade da Tijuca. Senti-me extremamente lisonjeada com o convite e agradeço imensamente ao Irmão Provincial e seu Conselho por terem confiado a mim, essa oportunidade.
Rogo a Deus que, na vivência do Colégio e da Comunidade, eu possa testemunhar, diuturnamente, a presença de Jesus Cristo, para assim cumprir a missão dessa obra que é tornar Jesus Cristo conhecido e amado, sob as bênçãos de Nossa Senhora Boa Mãe e da intercessão de São Marcelino Champagnat.
Gratidão a todos que participaram desse meu percurso Marista até aqui e me ajudaram a crescer pessoal e profissionalmente.
Avante sempre!
Eveline Morelli Lima
Diretora – Colégio Marista São José – Tijuca (RJ)