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Nesta segunda-feira (15/5), o Comitê de Proteção Integral deu início à sensibilização das unidades socioeducacionais da Província Marista Brasil Centro-Norte para o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, que será celebrado em 18 de maio. Para abordar o tema, em videoconferência formativa, foi convidada Karina Figueiredo, secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes.

O Ir. Carlos Henrique da Silva, diretor do Colégio Marista São Pio X, em Balsas/MA, e coordenador do Comitê de Proteção Integral acolheu o grupo e destacou o compromisso institucional com a defesa de direitos. “Que possamos ver o mundo com o olhar das crianças mais pobres, como sinalizou o XXI Capítulo, estarmos sensíveis e combater qualquer forma de violação”, destaca o Irmão.

A palestrante iniciou a apresentação com a trajetória da mobilização em defesa da infância e a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente. Karina esclareceu ao grupo os conceitos e mitos relativos à violência. “Precisamos olhá-la de forma multidimensional. A violência tem raízes históricas, econômicas, culturais, sociais e psicológicas. É a expressão de inúmeras desigualdades”, explica a especialista. Dentre os desafios ao entendimento da complexidade da temática, estão a visão adultocêntrica, em que não se dá credibilidade ao que a criança diz, o machismo, racismo, a dificuldade de se trabalhar a sexualidade e os direitos sexuais na perspectiva dos direitos humanos.

“É necessário abordar a educação sexual, como prevenção à violência sexual. A maioria dos casos, acontece na primeira infância. É importante que a criança identifique a diferença entre o toque afetivo do erotizado”, explica Karina. A especialista esclareceu aos participantes, ainda, a diferença entre o abuso e a exploração sexual, na qual, neste último, os atos sexuais são negociados em troca de algo, a exemplo de alimento e vestuário. Nesse sentido, é fundamental fortalecer a autodefesa, ensinar às crianças e aos adolescentes a conhecer o corpo, a recursar toques inapropriados, discutir a afetividade e privacidade, bem como combater a pornografia na internet, nudes e o aliciamento no espaço virtual. De acordo com ela, em 2016, foram registrados, no Disque 100, 15.707 casos de violência sexual.

Para reverter a situação, Karina sugere a atuação da escola na rede de proteção, em fluxo com o Conselho Tutelar, delegacia, ministério público e demais órgãos de apoio. “É fundamental a atuação no tripé prevenção, atenção e responsabilização”, concluiu. Na ocasião, foi aberto o debate com as unidades e apresentado o trabalho realizado pelo Comitê de Proteção Integral. Dentre as ações do grupo para o triênio 2016 -2018 estão a revisão da Política Institucional de Proteção Integral às Crianças e Adolescentes, com previsão de lançamento este ano, a distribuição do documento e de materiais acerca da temática e formações.

Durante a videoconferência, Milda Moraes, diretora do Instituto Marista de Assistência Social/IMAS, lançou o fascículo produzido pela instituição em alusão ao 18 de maio. Para acessar, clique aqui.

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