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O dia 15 de dezembro já é consolidado como o Dia Nacional da Economia Solidária no Brasil. O Instituto Marista de Solidariedade/IMS, assim como diversas organizações do país, se une aos milhares de empreendedores solidários para garantir a visibilidade das demandas do setor. Na última segunda-feira (13), foi realizada a última edição do ano do Chá com Prosa, que debateu com convidados os desafios da economia solidária no contexto urbano do Distrito Federal e do entorno.

Realizado na programação da Semana da Economia Solidária – organizada pelo Fórum de Economia Solidária do Distrito Federal/FESDF e pelo Governo distrital, o evento do IMS se somou às diversas atividades de formação e comercialização que ocorrem na capital até amanhã, 16. “Realizamos este momento com o intuito de promover debates sobre direitos humanos, hoje especificamente sobre a economia solidária: a economia do cuidado com o planeta e com as pessoas. Queremos construir pontes, promovendo diálogos. Estar juntos é celebrar e é uma alegria nos reunirmos para tratar desse tema para nossa cidade, que possuiu vocação para o trabalho cooperado desde seu começo”, afirmou a diretora do IMS, Shirlei Silva.

Participaram do encontro empreendimentos de economia solidária do DF e do Entorno e, também, organizações não-governamentais e representantes da Secretaria Adjunta do Trabalho do Governo do Distrito Federal. Para falar sobre as temáticas das finanças solidárias, bancos comunitários, comercialização, produção, consumo, formação e políticas públicas locais foram convidados o senhor Ademar Bertucci, da Cáritas Brasileira; Stefania Victoretti, diretora de Empreendedorismo e Economia Solidária do Governo do Distrito Federal; Sérgio de Cássio Souza Nascimento, do Banco Comunitário da Ceilândia; e Marcelo Inácio de Sousa, do Fórum de Economia Solidária do DF.

Grande parte do diálogo entre os participantes se concentrou nos desafios que os empreendimentos ainda encontram em Brasília e seu entorno. “As conquistas necessitam serem efetivadas como conquistas, para que não haja retrocessos. A formação da economia solidária, nos últimos anos, ultrapassou os muros dos espaços tradicionais. O aprendizado espalhou-se para muitas direções, frutificando em pessoas e grupos que nem imaginávamos que existam”, provocou Bertucci.

Para o representante do FESDF, este é um momento de complexidade política e econômica que exige ainda mais organização dos empreendimentos e intensidade nas ações de comercialização. “Para o próximo ano queremos fortalecer o circuito de feiras no DF e, do mesmo modo, garantir formação para produção e comercialização. Quando falamos de espaço urbano, vejo que é necessário estabelecer uma nova relação com o consumo, algo que já ocorre por meio de experiências exitosas que conhecemos na cidade em que o consumo vem antes da produção e comercialização”, explicou Marcelo. Para o representante do Banco Comunitário da Ceilândia, os empreendimentos precisam se conectar com a realidade na qual estão inseridos e aproveitar-se de espaços como o do evento para promover trocas e aprendizado. “Um desafio que vejo é a necessidade de encurtar a distância dos bancos solidários dos empreendimentos. Precisa mais proximidade e devemos trabalhar juntos. Não é apenas o Estado, somos nós que temos que nos aproximar e garantir uma economia verdadeiramente justa”, afirmou Sérgio.

A Semana da Economia Solidária se encerra amanhã, 16, com a Feira de Economia Solidária no Setor Comercial Sul, em frente ao Banco de Brasília/BRB. Além da comercialização solidária, estão previstas apresentações culturais para fechar o ano de atividades do Circuito EcoSol DF. A feira será aberta a partir das 8h até 17h30.

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