A comunidade educativa do Colégio Marista São José – Tijuca, do Rio de Janeiro (RJ), recebeu, na última quinta-feira (16), o neurocientista e ex-aluno marista Stevens Rehen, especializado em pesquisas com células-tronco.
Falando a linguagem dos jovens, Stevens apresentou a palestra “De perto, todo cientista é normal”, que faz parte do projeto Trilhas de Aprendizagem em Orientação Profissional, e apresentou uma dinâmica comparativa entre filmes de ficção científica com a realidade da ciência hoje. Dentre as curiosidades, contou que a distância entre o que é ficção e o que realidade é menor, muito porque, atualmente, a indústria de filmes de Hollywood conta com consultorias especializadas de cientistas.
“A inteligência artificial já é uma realidade e muda a vida da gente, muda não só o cérebro, mas tudo ao nosso redor. Na prática, não sabemos como serão as profissões daqui a 10, 15 anos. O que precisamos ensinar a vocês é inteligência emocional, resiliência e criatividade, isso é que vai colocar vocês competitivos no mundo, onde as profissões vão mudando”, afirmou Stevens.
Diante de tantas novidades e assuntos provocativos, ao final, o neurocientista reservou um momento para diálogo com os estudantes e ouviu deles questões sobre a opção profissional. As perguntas dos alunos versaram sobre questões éticas e reflexões sobre singularidade, consciência, animais como seres conscientes, poder de decisão do homem versus máquina, inteligência artificial ocupando postos de trabalho, interfaces com as crenças da sociedade e consensos sociais, que vão se atualizando, a exemplo dos casos dos atuais transplantes de órgãos, com a finalidade nobre da vida, a partir de declarada a morte cerebral.
Para o Ir. José Wagner da Cruz, vice-presidente das mantenedoras UBEE-UNBEC, que esteve presente no evento, as perguntas que os alunos fizeram são fenomenais, e as respostas dadas, muito assertivas e interessantes. “Estamos falando aqui de vocação. Precisamos de novas profissões, com vocações novas, para um mundo novo”, disse o Irmão Marista, citando sua tese de doutorado, em fase final, e que aborda a temática ‘O que os jovens, que moram na internet, redesenhariam na escola hoje’. O Ir. José Wagner aproveitou o momento para tecer reflexões sobre o sentido da vida e a harmonização da ciência, que pode criar soluções para salvar a vida de pessoas, entendendo a missão de cada um neste mundo.