Receber visitas ou recepcionar convidados são atividades que exigem preparação. Arruma-se a casa, prepara-se alimentos, dispõem-se de simpatia para acolher, com carinho e afeto, aqueles que se aguarda para conviver. Do mesmo modo se faz ao preparar uma festa para alguma comemoração especial: meses ou semanas antes começam os preparativos.
E se o convidado é Jesus? Preparamos a casa? A casa, como escreve Paulo para a comunidade de cristãos de Corinto, é o coração, “santuário do Deus vivo” (1Cor 3:16). São Paulo estabelece, ao escrever para os coríntios, uma teologia do corpo, ao afirmar que “somos templo do Espírito de Deus que habita em nós”. A preparação para a vinda de Jesus deve ser realizada com muito esmero, ao provocar as mudanças necessárias que implicam no reconhecimento verdadeiro das falhas, que nos afastam da caridade.
A Igreja, ao celebrar o nascimento do Menino Deus, convida os católicos para a festividade natalícia. É o momento de preparar o coração para receber o Cristo que nasceu em Belém, e agora volta a nascer nos corações da humanidade. As quatro semanas que antecedem o Natal são chamadas de Advento, que significa “chegada”. Na antiga Roma, era a etapa de preparação para a vinda de alguém importante. Hoje, os cristãos preparam-se para receber o Deus que habita em cada um.
Oficialmente, em 2017, o Advento se inicia no dia 3 de dezembro. Porém, na caminhada da Província, a preparação para o Natal já começa no dia 27 de novembro. Os Maristas da PMBCN são inspirados pela imagem de Maria e José em fuga para a o Egito, levando Jesus nos braços para protegê-lo da ordem de Herodes, governante da Judeia, de que fossem mortos todos os meninos, de Belém e arredores, com menos de dois anos (Mt 2,16).
O Advento é a espera do Natal de Jesus e preparação para a festa de Seu nascimento. É um período de alegria e gratidão por Deus que se fez homem e habitou entre nós. É um tempo, também, de oração e vigilância, dispondo os corações para a chegada do Senhor. O Advento é caminho de esperança e coragem, trilhado a partir do testemunho cristão e da ousadia de praticar a caridade como a autêntica vivência da fé.