Cristãos do mundo todo vivem, agora, o Tempo da Quaresma. É um momento propício para a preparação da festa pascal, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo, a revelação do amor gratuito que Deus tem pela humanidade e que se manifesta plenamente em Seu filho. Trilhar o caminho de conversão pessoal da Quaresma, conduz os cristãos a tomar consciência “do amor de Deus revelado no coração trespassado de Jesus na cruz, que suscita por sua vez o amor. Aquele amor divino é a luz — fundamentalmente, a única — que ilumina incessantemente um mundo às escuras e nos dá a coragem de viver e agir”, afirmou o papa emérito, Bento XVI, na Encíclica Deus Caritas Est, em 2005.
Primordialmente, a morte e a ressurreição de Jesus Cristo, entrega à humanidade o testemunho incomensurável do amor. Para além de ser a prova do amor aos homens, depõe como garantia de que apenas com amor é que a esperança se concretiza. O amor é possível, afirma Bento XVI, e nós somos capazes de praticá-lo porque fomos criados à imagem de Deus. Praticar o amor é ser luz onde a obscuridade tomou lugar. Viver o amor é ser sinal de esperança onde as turbulências do mundo predominam.
O que aproxima ainda mais o amor e a esperança é a gratuidade. Além de Cristo, pessoas de várias épocas foram testemunhas da condição altruísta do amor e da esperança. São Marcelino Champagnat, fundador do Instituto Marista, constituiu as bases da instituição a partir da esperança, de “tornar Jesus Cristo conhecido e amado”, e do amor, essencial para ele antes mesmo da educação. Disse em alguma ocasião, “para bem educar é preciso, antes de tudo, amar”.
Assim como um candeeiro não é acesso para ficar escondido, a esperança e o amor não podem ser guardados para si. Devem chegar a muitos, chegar a todos, devem ser farol para guiar e orientar aqueles que mais precisam. O caminho da Quaresma é próspero para que Maristas, Irmãos e leigos, realizem a conversão para a Páscoa de Cristo, para serem luz onde quer que estejam e testemunhas do amor e da esperança.