Foto: Oniodi Gregolin - Ascom/PMBCN

Foto: Oniodi Gregolin – Ascom/PMBCN

Os 25 estudantes que participam da Assembleia Provincial das Juventudes dialogaram com militantes de movimentos sociais, na noite de quarta-feira (9/8), no Espaço Champagnat, de Ribeirão das Neves (MG). Eles conheceram a trajetória de luta do movimento negro, feminista, de proteção às crianças e adolescentes e de juventudes. Os convidados, a partir da própria história pessoal, debateram com os estudantes maristas temas substanciais para a pauta das juventudes, a fim de estimular o protagonismo e a representação que eles exercem nos espaços de origem.

Rodrigo Correia, do movimento negro e do de enfrentamento à violência sexual de crianças e adolescentes, destacou a necessidade da promoção de direitos humanos para todos, como cultura indivisível da sociedade, principalmente para os jovens que são os principais impactados por problemas contemporâneos. “A política, hoje, é espaço adultocêntrico. As juventudes precisam tomar esse espaço e oremodelá-lo para pensar pela ótica deles. As políticas não podem ser pensadas apenas para os jovens, mas com eles”, afirmou Rodrigo.

Ao abordar a luta feminista, a vereadora do município de Santa Luzia (MG), Suzane Almada, relembrou a semana de celebração pelos 11 anos da Lei 11.340/2006, conhecida como Lei Maria da Penha e a trajetória na Pastoral da Juventude. “Os maristas têm muita culpa na minha formação militante. Com eles e outros grupos da Igreja eu alimentei e cultivei o ideal de ser jovem e protagonista na minha comunidade. Momentos como este nos transformam para a vida e são essenciais para a construção de caminhos de luta e diálogo que transformam nossa sociedade”, contou a vereadora.

Representando o Levante da Juventude, Nilo Lima, contou sobre a história do movimento e as bandeiras de reivindicação atual. “Vocês devem olhar para o bairro em que vivem, para a sua cidade, e perceber a resistência das juventudes que lá ocorrem. Tenham certeza que nossa luta não é recente, sempre existiu, e necessita de nosso engajamento”, convocou Nilo.

Do movimento negro e feminista, Joseli Souza, relatou sobre as dificuldades de ser mulher hoje e o as contradições sociais do Brasil. “Nasci na favela e sou negra. Estou na base da pirâmide de privilégios sociais. Aos 10 anos, percebi que havia algo errado comigo ou com o universo, quando vi que alguns tinham muito e outros tinham nada. Comecei, então, a questionar minha realidade, que estava rodeada de supressão de direitos. Comecei a me informar e estudar, pois o saber é poder”, contou Joseli.

Hoje, 11/8, Dia do Estudante, os jovens elegerão a Comissão Provincial de Juventudes, que terá oito membros titulares e oito suplentes. Dentre as principais atribuições da Comissão, estão a participação com as equipes pastorais e pedagógicas de momentos de planejamento, execução e avaliação de projetos voltados para a educação evangelizadora das adolescências e juventudes; a representação dos jovens da Província em espaços e interfaces socioestatais; a animação da vivência dos diversos grupos; e a contribuição com a formação juvenil.

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