Com experiência em gestão, Ir. Renato Augusto da Silva partilha, neste entrevista, os aprendizados da trajetória na Província Marista Brasil Centro-Norte e da atual missão como Ecônomo Provincial.
1.O sr. já exerceu a função de conselheiro provincial, diretor de colégio e agora atua como ecônomo. Quais os aprendizados do trabalho como gestor e de que forma contribuem para o “ser” Irmão?
Acredito que todo cargo exercido é uma possibilidade de novas aprendizagens, aquisição de novas habilidades e competências. E a gestão é exatamente esse caminho. O gestor é forjado ao longo de sua trajetória profissional a partir dessas aprendizagens. Acredito que o trabalho em equipe, visão sistêmica do todo das mantenedoras e formação continuada em diferentes áreas, possibilitadas por cursos e projetos, foram aprendizados desse período. Tudo isso, ajudou-me, como Irmão, na minha reflexão sobre o uso evangélico dos bens do Instituto e da Igreja. Nosso patrimônio está a serviço do carisma e da missão Marista hoje, e ser hoje um Irmão gestor é ser capaz de gerir esse patrimônio para que esse objetivo seja sempre alcançado.
2. Quais são as principais atribuições do ecônomo e como se prepara para desempenhar o cargo?
O Ecônomo Provincial é um cargo indicado pelo Irmão Provincial, um cargo de confiança. É responsável pelo patrimônio da Província. Na governança, o Ir. Ecônomo é também o diretor-tesoureiro das mantenedoras. Porém, não está diretamente ligado ao corpo executivo da UBEE-UNBEC, mas está sendo presença e ligado diretamente ao Conselho Provincial. É responsável, também, por repassar os dados econômico-financeiros e patrimoniais ao Governo Geral, em Roma.
Acredito que a preparação de um ecônomo é feita na trajetória profissional e de gestão ao longo da vida marista.
3. Como é a sua rotina de trabalho?
Normalmente, despacho temas de interesse das mantenedoras e canônicos, no mesmo expediente do Escritório Central.
Outra rotina do economato, é a visita ao patrimônio da PMBCN. Vou às unidades para verificar a utilização dos bens a serviço da missão. Depois, enviamos relatórios ao executivo para as devidas providências a serem tomadas.
4. Como está organizada a sua equipe e de que forma e em que áreas atuam?
A equipe está formada por três áreas: Gestão de Riscos e repporting; Ativos Provinciais e Compliance e Casas de Eventos. Todas são coordenadas pelo Assessor do Economato, que sempre repassa as demandas ao Ecônomo.
5. Quais as conquistas do Economato observadas até este segundo ano de governo provincial?
O Economato refez o plano de trabalho para organizar a atuação dentro da Província. Retomou-se a revisão e as políticas institucionais, além da elaboração das novas. Dentro das iniciativas financeiras, o acompanhamento e repporting dos dados econômicos e financeiros fornecidos pelos setores executivos. Neste ano de 2017, iniciamos a implantação do projeto de “Gestão de Riscos”, em parceria com a empresa KPMG.