Seis de junho é um dia especial para todas as unidades Maristas em mais de 80 países. É a festa de São Marcelino Champagnat, fundador do Instituto dos Irmãos Maristas. O sonho de tornar Jesus Cristo conhecido e amado e de viver e educar do jeito de Maria foi iniciado por Champagnat há mais de 200 anos. Para esta ocasião, o superior-geral do Instituto Marista, Ir. Ernesto Sánchez, presta homenagem ao fundador, com uma mensagem que se fez durante o tempo em que passou no Mosteiro de Santa Escolástica, em Subiaco, na Itália. A seguir, descrevemos alguns trechos da mensagem, inspirada no “viver de acordo com o coração de Maria: o grande presente que Marcelino nos deixou”.
Rosto e Olhares
Na anunciação, Maria olha para o anjo com surpresa e admiração; no Nascimento, cruza-se um olhar terno e curioso entre ela e o recém-nascido; na Adoração, expressa a alegria de uma mãe que mostra seu filhinho aos outros; na fuga para o Egito, abraça fortemente a criança para defendê-la frente ao medo e à insegurança. Ao pé da cruz, seu rosto e olhos podem expressar dor, perda, confusão, desorientação. Mas, parei mais tempo contemplando esta cena e perguntando-me: o que estava no coração de Maria para resistir ao ver seu filho morto, depois de ter sido condenado, flagelado e crucificado? Aí está ela, aos pés da cruz, sintonizando seu coração com o de Jesus, que, depois de sentir o abandono, entregou seu espírito com confiança. Eu não sei, mas fico desconcertado com tanto mistério!
O Grande Presente
Ao estar no Mosteiro de Santa Escolástica, na capela da Virgem, procurando reviver cada uma das cenas de sua vida, pensei no grande dom que nos deixou Marcelino, ao dar-nos o nome de Maria: esse dom foi o convite e o compromisso a vivermos de acordo com o seu coração. Belo presente!
Ele se sentia sob seu olhar protetor, em todos os momentos; dizia ou escrevia expressões como: Deixo-vos no coração de Jesus e Maria – a Boa-Mãe; Ela é nosso Recurso Ordinário; Sem Maria não somos nada e com Maria temos tudo, porque Maria sempre tem seu filho adorável nos braços ou no coração; Ela fez tudo entre nós; Maria, esta obra é tua; Lembra-te, ó piedosa Virgem Maria.
(…) Maria, ao pé da cruz, nos inspira, como inspirou a Champagnat, a saber situar-nos com fé em momentos de crise, de obscuridade ou de incompreensão. Conhecemos situações de um mundo turbulento, mas, com Maria aprendemos a ser farol de esperança para o nosso tempo, não apenas pessoalmente, mas de maneira comunitária. (…) Vivamos segundo o coração de Maria! Esse é o grande presente que Champagnat nos deixou!