Ensino e brincadeira devem andar juntos na educação infantil. Quer entender mais sobre a importância de ensinar brincando? Então, acompanhe este artigo até o final!
As crianças amam brincar. Isso é um fato. Inclusive, a brincadeira é fundamental para o desenvolvimento infantil, sobretudo das habilidades motoras, psicossociais e cognitivas.
Alguns modelos de ensino-aprendizagem ainda oportunizam o brincar de forma adequada, com o pressuposto de que a sala de aula é um espaço para escutar e responder o educador.
Contudo, é impossível pensar em ensino infantil sem a brincadeira. Por isso, neste artigo, vamos te explicar mais a fundo sobre o tema, a sua importância, o que a BNCC diz e muito mais.
Boa leitura!
Por que é importante ensinar brincando?
É altamente importante ensinar brincando, pois é na brincadeira que a criança interage com o outro, com o espaço e com os objetos que a circula.
A infância é uma fase em que o lúdico auxilia na aprendizagem, pois ajuda na construção da reflexão, autonomia e da criatividade.
Além disso, as crianças passam boa parte do tempo na escola, muitas delas em período integral. Sendo assim, a escola é o espaço que ela também deve vivenciar as suas primeiras experiências de aprendizagem.
Na fase da primeiríssima infância, é fundamental proporcionar uma educação integral para a criança, pois as sinapses cerebrais que definem as capacidades e habilidades intelectuais e sociais se formam com mais rapidez e consistência nesse período.
A brincadeira e os jogos, por sua vez, são capazes de estimular que as crianças:
- elaborem situações;
- enfrentem desafios;
- resolvam conflitos;
- desenvolvam o raciocínio lógico;
- exerçam a criatividade;
- levantem hipóteses.
Sendo assim, para um desenvolvimento integral, é necessário incluir as brincadeiras na prática pedagógica.
O que a BNCC diz sobre ensino e brincadeira?
Atualmente, o uso das brincadeiras e dos jogos nas instituições de ensino já é algo bem consolidado na legislação.
Os documentos oficiais da educação brasileira tratam sobre o tema, como a Síntese das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
O primeiro documento citado considera que a criança imagina, fantasia, deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e brinca para formar a sua identidade pessoal e coletiva e os sentidos sobre a natureza e a sociedade.
Além disso, conforme o documento, a proposta pedagógica nacional para a educação infantil brasileira busca garantir o acesso da criança a diversos direitos, como a brincadeira, que também é um dos eixos norteadores do currículo nacional.
Na BNCC, está disposto que um dos direitos de aprendizagem e desenvolvimento na educação infantil é:
Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. (BNCC, 2017, p.38)
Ideias de jogos e brincadeiras para educação infantil
Alguns jogos e brincadeiras fazem sucesso entre as crianças. Por isso, é importante que professores e pais os conheçam, pois eles podem ser aplicados em casa e na escola.
Veja quais são os principais:
Bobinho
“Bobinho” é uma brincadeira que serve para trabalhar a coordenação motora, a agilidade e outras habilidades físicas.
As crianças devem ficar em uma grande roda, enquanto um deve ficar ao centro. A roda deve tocar a bola e o participante no centro deve tentar pegar a bola.
Pega-pega
“Pega-pega” é uma brincadeira bastante simples, pois não precisa de materiais específicos. O importante é um ambiente bastante amplo para as crianças correrem à vontade.
Como o nome indica, uma criança é o “pegador” e todos os outros participantes devem fugir do toque da mesma.
Quando o pegador alcança e toca em uma criança, ele então transfere o seu papel para ela. Logo, ela deverá tentar tocar em algum outro participante.
Caixa sensorial
A “caixa sensorial” é interessante para explorar o tato dos pequenos. Para realizá-la, é preciso confeccionar uma caixa.
Dentro da caixa, objetos de diferentes texturas devem ser colocados. Então, as crianças devem tocar, descrever o que sentem e tentar adivinhar qual é o objeto.
Coelhinho sai da toca
“Coelhinho sai da toca” é uma brincadeira que estimula o pensamento e a ação rápida, bem como a elaboração de estratégias.
Para realizá-la, é necessário definir espaços delimitados, que serão as tocas. É comum o uso dos bambolês, que devem estar dispostos em círculo, deixando um espaço livre ao centro.
As tocas sempre devem estar em uma quantidade a menos do que o número de participantes. Isso significa que, em uma brincadeira com 10 alunos, 9 tocas devem estar disponíveis.
Os pequenos devem ficar no centro se movimentando. Quando o professor indicar, eles devem escolher uma toca rapidamente. Um sempre ficará de fora, até que mais uma rodada ocorra.
Quente ou frio
A brincadeira “quente ou frio” pode ser realizada em ambientes internos e externos. Para promovê-la, uma criança deve ser vendada, enquanto as outras escondem um objeto.
Já desvendado, o estudante deve procurar pelo objeto. Quanto mais perto de encontrar, os alunos devem indicar que está quente. Se o aluno estiver longe, a indicação é de que está frio.
Nessa brincadeira, lógica e estratégia são trabalhadas.
Estátua
“Estátua” é uma brincadeira para trabalhar o equilíbrio e a atenção. As crianças devem dançar uma música em uma sala.
Quando as crianças estiverem se divertindo, a música para de tocar repentinamente. Então, a partir disso, elas devem parar de se mover, como estátuas.
Quem consegue ficar por mais tempo sem se mover ganha. Se levar muito tempo para definir um campeão, mais rodadas podem ser realizadas.
Como visto, ensino e brincadeira podem e devem caminhar juntos no processo de ensino-aprendizagem das crianças, seja na Educação Infantil ou nos primeiros anos do Ensino Fundamental.
Nos Colégios Maristas, o ensino é integral e, portanto, compreendemos que a aprendizagem também deve contemplar o desenvolvimento de habilidades sociais, afetivas, motoras e cognitivas.
Por isso, o lúdico, as brincadeiras e os jogos não ficam de fora do cotidiano de nossos estudantes menores.
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Conclusão
Ensinar brincando é fundamental para o desenvolvimento infantil. O ensino deve comportar a brincadeira, o jogo e a imaginação, pois despertam o interesse das crianças.
Portanto, atividades divertidas devem ser aproveitadas para expandir as habilidades dos pequenos.
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