Page 6 - Tempo Integral - 2ª Edição

No contexto da educação em tempo integral, conforme o Projeto Educativo do Brasil Ma-
rista (PEBM), “o tempo também é fator que interfere no processo de educação integral.
No tempo de permanência dos sujeitos na escola, criam-se oportunidades de aprendiza-
gens socioculturalmente relevantes e de caráter emancipatório” (UMBRASIL, 2010, p. 93).
Assim, entende-se que a expansão da jornada escolar com a oferta de atividades orienta-
das e com intencionalidade pedagógica amplia as oportunidades de aprendizagem e visa
à melhoria quantitativa e qualitativa do serviço educacional.

Do ponto de vista da legislação educacional brasileira, a progressiva ampliação da jor-
nada escolar é um elemento que ganhou força a partir da LDBN – Lei n.º 9.394/96 e do
Plano Nacional de Educação (PNE) – Lei nº 13.005/2014, duas importantes referências.

Do ponto de vista social, é notável a crescente busca das famílias por escolas que ofe-
reçam o tempo integral, seja por uma questão qualitativa, ligada ao processo educativo
dos seus filhos, ou por uma questão de ordem prática, ligada às demandas do mundo
do trabalho.
As famílias têm preferido que seus filhos permaneçam por mais tempo no ambiente es-
colar em que estão matriculados no turno regular a diversificar locais e atividades no
contraturno, sejam elas acadêmicas, esportivas ou culturais. A gestão da rotina e a quali-
dade do tempo é um grande valor agregado que deve ser evidenciado como benefício de
nossas atividades complementares.

Acrescenta-se a esses fatores, o contexto de uma demanda cada vez mais competitiva
e restrita, tanto em aspectos demográficos quanto de mercado. A oferta de outros ser-
viços para o mesmo público, mais do que oportunidade, torna-se uma necessidade para
diversificarmos as nossas receitas e tornar nossos espaços mais eficientes e viáveis fi-
nanceiramente.

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