Uma caixa de remédios automatizada para auxiliar idosos em tratamentos de saúde foi um dos projetos apresentados no mês de outubro por três estudantes do Colégio Marista Dom Silvério, de Belo Horizonte, durante a 25ª UFMG Jovem.
Com o tema “Minas é um Mundo: diversidade, saberes e tecnologias sociais”, a feira seleciona trabalhos de alunos e professores da educação básica pública e privada de Minas Gerais. Rafael Machiavelli, Juliano Marinho e Bernardo Pimenta, do 8º ano do Ensino Fundamental, utilizaram todo o aprendizado adquirido durante o Projeto Jovens Cientistas, que tem reuniões semanais no Colégio, para desenvolver o equipamento que foi inspirado nos avós de um dos integrantes.
Como funciona a caixa de remédios automatizada
A caixa apresentada pelos estudantes Maristas na 25ª UFMG Jovem foi construída inicialmente para dois tipos de remédios, que podem ser colocados nos dois compartimentos para os períodos dia e noite.
A programação do alarme é feita em dois botões laterais. O próprio idoso ou familiar escolhe o horário do alarme. O equipamento poderá ser adaptado, em breve, com mais compartimentos e mais opções de horários.
O custo da caixa foi de aproximadamente R$100,00 para o primeiro protótipo, mas será possível reduzir o investimento a partir das melhorias que serão realizadas.
“O projeto é dinâmico e mutável de acordo com o paciente. Para a idade entre 12 e 13 anos dos estudantes foi um excelente projeto e exigiu conhecimento de programação e de Arduino, uma plataforma de prototipagem open source de computação física”, explica o orientador do projeto, Áureo Almeida.
Sobre a UFMG Jovem
A UFMG Jovem, tradicional feira da educação básica da Universidade Federal de Minas Gerais, celebrou este ano 25 anos de evento. Criada para estimular encontros, diálogos e um intercâmbio de ideias entre os integrantes da educação básica, ela promove em sua programação a apresentação de projetos, debates, desafios e atividades que estimulam uma cultura científica e práticas pedagógicas inovadoras.
Em 2024, a UFMG Jovem contou com 4 eventos nos dias 7 e 8 de outubro:
- Feira de ciências da educação básica: com a mostra de projetos e trabalhos de alunos e professores;
- Desafio para os estudantes: o tema do ano foi “O meu segredo para ser feliz” e permitiu a produção de desenhos, textos, áudios e vídeos;
- Conversa com Cientistas: encontro com profissionais da área científica com roda de conversa aberta ao público;
- Atividade #ExploraUFMG: visitas guiadas das escolas participantes a museus e espaços culturais da UFMG.
Foram 386 trabalhos inscritos em 2024, um recorde para a feira. A UFMG Jovem é organizada pela Diretoria de Divulgação Científica (DDC), vinculada à Pró-reitoria de Extensão (Proex) da UFMG, desde 2010.
O que é o movimento maker incentivado nos Colégios Maristas
O termo, derivado da cultura do “faça você mesmo”, propõe que os alunos sejam protagonistas, trazendo o conhecimento teórico para a prática.
Quando aplicado no ambiente escolar, o movimento maker estimula a criação, a investigação e a originalidade, encorajando o estudante a buscar soluções criativas trabalhando de forma colaborativa.
Esses valores estão diretamente ligados à proposta pedagógica Marista, que busca formar cidadãos mais preparados para os desafios da vida adulta, conscientes sobre os problemas do mundo ao seu redor e empáticos para com a sociedade em que estão inseridos.
O Colégio Marista Dom Silvério conta com uma sala maker para incentivar essa cultura: um local aberto a atividades multidisciplinares, onde os estudantes podem aplicar conhecimentos na prática.