O bullying e o preconceito são problemas enfrentados pelas escolas, com impactos significativos na saúde mental e nas relações sociais dos estudantes.
As escolas precisam estar abertas e preparadas para debater esse tema com toda a comunidade educativa, reconhecendo que bullying, preconceito e racismo têm características distintas. Não há uma receita a ser seguida no combate, mas no Colégio Marista São José – Barra, acreditamos que o primeiro passo para um ambiente educativo saudável é reconhecer a existência desse problema, nenhuma escola está imune a ele, e é crucial abordar os casos de violência com cuidado e atenção.
Respeito, empatia e solidariedade são alguns dos valores essenciais nesse processo, mas o trabalho de conscientização dos estudantes precisa ser sistêmico, com todos os educadores se corresponsabilizando por essa formação. Nesse sentido, os projetos pedagógicos precisam contemplar a diversidade sociocultural.
“Abrir a janela do mundo para os estudantes observarem e questionarem é um processo importante, que os leva a conhecer aquilo que por vezes passa despercebido diante das suas vivências pessoais. O educador precisa estar atento às demandas dos estudantes, provocá-los a buscar o diferente, pensar projetos pedagógicos que respondam aos seus anseios e àquilo que eles desconhecem”, explicou Roberta Rosa, vice-diretora educacional do colégio.
Este ano, o Marista Barra está trabalhando o Brasil e a América Latina em seus projetos. A proposta surge a partir das inquietações dos professores diante da falta de conhecimento e de preconceitos que os estudantes têm em relação ao continente americano. Levá-los a estudar e refletir sobre o reggae, por exemplo, é uma forma de combater muitos preconceitos sobre esse gênero musical, mas também de conhecerem um pouco mais da Jamaica. Quando trazemos para uma aula de Pré II as diferentes culturas indígenas a partir das histórias contadas por pessoais reais, estamos combatendo estereótipos, permitindo que as crianças entendam a diversidade de povos e suas diferentes produções culturais.
“Entendo que, quando falamos de bullying, preconceito e racismo, a escola tem um papel crucial no letramento das crianças e dos jovens. Não se combate racismo apenas quando temos um episódio de violência. Mas começar um processo de letramento das crianças e jovens não é fácil, exige um esforço de todas as partes.
Em 2020 iniciamos o nosso Painel da Consciência Negra, que só é um sucesso até hoje porque nossa comunidade educativa foi moldando outros projetos ao longo dos anos e abrindo seu planejamento para abordagens afrocentradas, o que exigiu da gestão investimento nas pessoas, nos projetos, em literaturas, em horas de reflexão e em diálogos com os estudantes”, comentou a VDE.
Esse trabalho sistêmico, aos poucos, vai se tornando orgânico, parte da cultura pedagógica da instituição. No entanto, ainda é preciso entender que é um esforço contínuo e que, enquanto Maristas de Champagnat, temos o dever de promover uma educação multicultural e integral que empodere crianças e jovens para um mundo melhor.
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