Ir. Ataide

Depois de seis anos no Conselho Provincial, de história vocacional como formador e em unidade de educação, o Ir. Ataide José de Lima está à frente da Província Marista Brasil Centro-Norte no triênio 2016-2018. Os desafios e as expectativas do novo provincial, que atua ao lado dos Irmãos, leigos, leigas e colaboradores na gestão, foram partilhados nesta entrevista.

1. Fale um pouco sobre a sua trajetória de vida e como Irmão Marista.

Eu conheci os Irmãos, bastante jovem, quando fazia o Ensino Médio. A minha família, muito católica, sempre me estimulou. Participei de vários encontros vocacionais, em Mendes/RJ, e fiz estágio em Aruanã/GO. A minha formação no postulado, noviciado e juniorato foi em Belo Horizonte/MG. De lá, fui para Goiânia, onde morei por sete anos como Irmão, trabalhei no Colégio Marista e me formei na faculdade de História em 1992. Assim que terminei, voltei a BH para trabalhar na formação dos Irmãos, onde atuei por 16 anos. Depois vim a Brasília, para participar do Conselho Provincial.

Na minha família, somos seis filhos, eu sou o segundo. Meu pai morreu quando eu tinha 12 anos. Na minha adolescência e juventude, fui muito ligado a grupos de jovens e isto me estimulou a seguir a vida religiosa.

2. Que modelo de gestão a instituição pode esperar do senhor como provincial?

O governo da Província passa pela governança corporativa, que significa uma administração mais profissionalizada dos nossos bens, pelas questões de formação dos Irmãos e leigos e a aproximação com o laicato marista.

Nesse momento da história, não podemos perder o que foi construído nos últimos seis anos. Eu diria que devemos confirmar e dar continuidade ao processo de construção aperfeiçoamento do modelo de governança corporativa. Quanto à vida religiosa, precisamos melhorar, crescer, dialogar, informar e formar.

3. Qual a sua expectativa para o novo começo, com coração de tenda, na Província?

Eu diria para os Irmãos que tenham coração de tenda, aberto para acolher as novidades, os desafios e a construção de sinergias com outras províncias. Vem aí a grande Região Brasil-Cone Sul, do Instituto Marista. Que os Irmãos sejam, sobretudo, protagonistas na ajuda que temos de dar aos leigos e aos colaboradores para que isso aconteça. É importante a gente ter claro que a nossa missão não é preservar por preservar, conservar tradições. Temos de conservar, sim, os valores da espiritualidade, da missão e o jeito de educar, que fundamentam a nossa missão. Mas, ao mesmo tempo, precisamos inovar na vida religiosa, no educacional e demais áreas.

O provincial, por melhor que seja, nunca será bom se estiver sozinho. Ser bom provincial, não depende do provincial, unicamente, mas do grupo, da unidade da Província. Eu diria para os Irmãos que é fundamental que estejamos juntos, unidos, de braços entrelaçados com os leigos e leigas que participam da missão conosco. Para que, cada vez mais, possamos dar passos cadenciados.

Que todos nós tenhamos maior capacidade de diálogo, de dizer o que pensamos, de manifestar opiniões sem que as coisas sejam tomadas como ofensas pessoais. Precisamos crescer na nossa união, nas relações interpessoais e humanas.

4. Deixe uma mensagem para Irmãos, leigos e colaboradores que o acolhem como novo provincial para o triênio 2016-2018.

O provincial, por melhor que seja, nunca será bom se estiver sozinho. Ser bom provincial, não depende do provincial, unicamente, mas do grupo, da unidade da Província. Eu diria para os Irmãos que é fundamental que estejamos juntos, unidos, de braços entrelaçados com os leigos e leigas que participam da missão conosco. Para que, cada vez mais, possamos dar passos cadenciados.

Que todos nós tenhamos maior capacidade de diálogo, de dizer o que pensamos, de manifestar opiniões sem que as coisas sejam tomadas como ofensas pessoais. Precisamos crescer na nossa união, nas relações interpessoais e humanas.